70 Anos de Abandono: Enquanto Ônibus Ecológicos Deslizam, Moradores do Jardim Maravilha Afundam na Falta de Saneamento Básico

Foto: Montagem Equipe de Redação

E aí, galera ligada nas notícias quentes do Rio de Janeiro? Hoje vamos falar de uma realidade que está mais suja que o fundo da Baía de Guanabara: a falta de saneamento básico no Jardim Maravilha, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Enquanto novos ônibus BRT articulados com tecnologia de emissão zero deslizam pelas ruas, os moradores do bairro aguardam há mais de 70 anos por obras que são tão essenciais quanto o ar que a gente respira.

Você já parou para pensar que o sistema Euro dos novos ônibus não é o único sistema que deveria visar a mínima emissão de algo? Porque, convenhamos, a falta de saneamento básico não é apenas um incômodo, é uma violação dos direitos humanos mais elementares. Afinal, todo mundo merece viver com dignidade, sem ter que lidar com esgoto a céu aberto, doenças transmitidas por água contaminada e um cheiro que não dá para ignorar.

É uma situação que desafia a lógica, não é mesmo? Enquanto um sistema viário em Campo Grande parece receber mais atenção do que um problema que afeta a vida de tantas pessoas, fica difícil não se questionar sobre as prioridades do poder público. Afinal, o que é mais importante: vias mais largas ou a saúde e a qualidade de vida da população?

Pode parecer até que estamos vivendo em um daqueles filmes distópicos em que a desigualdade e a negligência oficial são os vilões da história. Enquanto o tal ônibus BRT ecológico desliza como um herói ambiental, os moradores do Jardim Maravilha enfrentam uma realidade que parece ter parado no tempo. E não estamos falando de voltar algumas décadas, não, estamos falando de mais de 70 anos de espera por algo tão básico quanto um sistema de esgoto funcional.

Aqui cabe uma pergunta retórica: como é possível que em pleno século 21, em uma cidade que já sediou Olimpíadas e tem até Cristo Redentor de testemunha, existam áreas onde os moradores não têm acesso a condições mínimas de higiene e saúde? Não é preciso ser um gênio para perceber que isso não faz o menor sentido.

Se pensarmos bem, é como se estivéssemos correndo em uma pista de fórmula 1, mas deixando um monte de gente para trás, atolada em um lamaçal de descaso. Não seria mais inteligente investir em todas as partes da cidade, garantindo que cada canto tenha o mínimo de dignidade? É como ter um carro super potente, mas com metade das rodas quebradas. Não dá para ir muito longe assim, não é mesmo?

E não é só uma questão de funcionalidade. É uma questão de respeito. Respeito pela vida, pela saúde e pela dignidade das pessoas que estão sendo deixadas para trás nessa corrida por progresso. Afinal, o que adianta ter um transporte público moderno e ecológico se a população não tem sequer saneamento básico decente?

Então, enquanto esses ônibus “verdes” circulam pela cidade, é importante lembrar que o verde que realmente importa está sumindo do Jardim Maravilha. O verde da esperança, o verde da qualidade de vida e o verde da justiça social. Não podemos permitir que a busca pelo desenvolvimento deixe um rastro de abandono e desigualdade.

Em resumo, essa situação toda nos faz pensar que algo está profundamente errado. Não dá para ignorar o fato de que, mesmo em meio a avanços tecnológicos e urbanos, ainda existem lugares que estão sendo empurrados para um canto, esquecidos e negligenciados. É hora de exigir um Rio de Janeiro onde o desenvolvimento seja para todos, onde os avanços alcancem cada canto da cidade, sem deixar ninguém para trás.

Portanto, que esse seja um chamado para a ação. Que as autoridades percebam que não dá mais para seguir nesse ritmo, deixando comunidades inteiras à margem do progresso. É hora de garantir que todos os cariocas, independentemente de onde vivam, tenham acesso a condições básicas de vida, incluindo saneamento adequado. Afinal, é preciso lembrar que uma cidade só é verdadeiramente grande quando cuida de todos os seus cidadãos, sem exceção.

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