Atingimos o pico de saturação, e agora?

Fabiano de Abreu diz que o excesso de informações negativas causou uma saturação coletiva e dá conselhos de como lidar com isso

Depois do período de quarentena e confinamento as pessoas passam agora por uma fase de saturação. Segundo o filósofo, psicanalista e especialista em estudos da mente humana Fabiano de Abreu, este sentimento parece ser algo muito generalizado, uma falta de paciência coletiva.

“As pessoas estão de saco cheio de tudo e de todos. É um momento de saturação. Isso se dá devido à rotina negativa. Muitos acontecimentos negativos e constantes fazem chegar a um desgaste emocional e até mesmo físico.”, esclarece.

Um período longo de privação de liberdade acaba com a motivação. As pessoas têm tendência a ceder ao negativismo.

Abreu argumenta que “O ser humano é movido pelas novidades e é dependente de estímulos prazerosos. Quando passamos muito tempo sem nada a inovar, com acontecimentos negativos e constantes, sentimos falta dessas novidades e temos a necessidade de estímulos para produção de hormônios para o bem-estar estar.”.

Sem momentos que nos agradem e nos encham de energia positiva a insatisfação ficará instalada.

“Chega um momento que saturamos e passamos a ficar insatisfeitos, pra baixo, desmotivados. Ficamos intolerantes até mesmo com a presença de rostos conhecidos e insignificantes aos desconhecidos.”, revela o psicanalista.

Segundo o estudioso há pequenas coisas que podemos fazer para inverter esta tendência e fazer face a estes sentimentos menos bons.

“Não podemos nos deixar abater por esse sentimento ou podemos nos afastar e afastar as pessoas assim como iniciar um processo de depressão. Nosso organismo tem a necessidade natural de produzir hormônios para um bem-estar. Uma alimentação que promova esses benefícios, buscar tarefas que dêem resultados agradáveis de curto prazo como ginástica e projetos de trabalho. Organização na casa, na empresa, no meio virtual, livros, cursos, tudo o que possa ocupar o tempo e trazer o prazer da conquista.”, aconselha o psicanalista.

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