O banco central da Suíça anunciou nesta quarta-feira (14) que está disposto a fornecer liquidez ao Credit Suisse, caso seja necessário, o que não acontece com um banco global desde a crise financeira de mais de uma década atrás. O anúncio conjunto com o regulador suíço Finma foi feito após meses de turbulência no segundo maior banco do país, que enfrenta dificuldades para se recuperar de uma série de escândalos nos últimos anos. As ações do Credit Suisse fecharam em queda de 24% nesta quarta-feira.
Embora a declaração de apoio do banco central e do regulador suíço tenha sido feita para conter uma crise de confiança no Credit Suisse, ela também chama a atenção para a possibilidade de um resgate sob medida do banco. O movimento para apoiar o Credit Suisse foi feito em resposta a pressões do governo e de pelo menos um banco, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.
O Credit Suisse informou que é “sólido” e “atende às exigências de capital e liquidez impostas aos bancos sistemicamente importantes”. Segundo o banco central suíço e o Finma, “não há indicações de um risco direto de contágio para as instituições suíças devido à atual turbulência no mercado bancário dos Estados Unidos”. O Credit Suisse seria o primeiro banco global a receber um resgate sob medida. Atualmente, as economias estão passando por um período de estresse extremo do mercado, em função das medidas adotadas para combater a Covid-19. As ações do Credit Suisse já chegaram a valer cerca de 80 francos suíços em 2008 e fecharam a 1,70 franco nesta quarta-feira, em decorrência da crise de confiança na instituição.