Os analistas do Bernstein divulgaram uma nota na última sexta-feira, 24, destacando que o bitcoin tem se mostrado como um ativo de proteção em momentos de crise. Segundo os estrategistas do banco, as correlações mudaram recentemente para ativos de aversão ao risco, devido à crise bancária nos Estados Unidos, e os investidores devem ficar atentos a essa mudança.
De acordo com os analistas, a correlação entre o bitcoin e as ações aumentou à medida que a resposta institucional à pandemia provocou um aumento da correlação entre os ativos. Além disso, o dinheiro barato tem respaldado diversas classes de investimento, o que tem contribuído para essa mudança.
Embora a elevação de juros tenha enxugado a disponibilidade de recursos e provocado uma queda síncrona entre as ações e o bitcoin, os criptoativos se recuperaram mais rapidamente do que as ações após o colapso da FTX, intensificando-se ainda mais com a crise bancária nos EUA.
Segundo os analistas, a correlação entre o bitcoin e o ouro está aumentando, principalmente em períodos de crise. Em geral, o Bernstein acredita que, se a crise bancária nos EUA se aprofundar, é possível que o bitcoin se comporte como um ativo de aversão ao risco, voltando às suas raízes.