China: Como as mudanças climáticas no país interferem no mundo

É impossível falarmos em mudanças climáticas sem tocar em um ponto-chave: a China. Com uma população de 1,4 bilhão de habitantes, suas emissões per capita de carbono são cerca de metade do registrado pelos Estados Unidos inteiro.

Com taxas de emissões tão exacerbadas, o país libera mais gases nocivos ao meio ambiente — muitos responsáveis por fenômenos como o efeito estufa — do que todos os outros países.

Neste artigo pontuaremos as principais políticas adotadas para diminuir os efeitos e dados climáticos, assim como a situação atual do país, para você entender melhor esse dilema. Falaremos sobre pontos cruciais para o desenvolvimento sustentável do país, como:

  • Reflorestamento;
  • Uso de carros elétricos;
  • Uso de fontes de energias renováveis;
  • E o panorama atual.

Se interessou? Leia este texto até o fim e confira a situação desse grande país, em pleno desenvolvimento, que é a China.

O Acordo do Clima: entenda mais!

O Acordo do Clima ou Acordo de Paris, foi um documento assinado em 2015 por 195 países, entre eles a China, durante a COP-21, em Paris, na França. 

Todos os signatários se comprometeram a adotar medidas para mitigar o avanço do efeito estufa, com o objetivo de manter o aumento da temperatura global abaixo de 2 °C, além de auxílio econômico para as nações mais vulneráveis.

Dessa forma, a substituição das fontes de energia poluentes para fontes renováveis e a proteção à vegetação, assim como dos demais recursos naturais, foram as principais pautas.

Ações como a análise de potabilidade de água, redução do desmatamento e das queimadas e a recuperação de ambientes degradados se fazem necessários para garantir a saúde e a sobrevivência da população mundial.

Inclusive, o COP-26, que está sendo realizado em Glasgow, Escócia, tem o intuito de avaliar o que foi feito desde então para reduzir efetivamente os gases de efeito estufa, e estabelecer novas estratégias e diretrizes para conter o aquecimento global.

A situação da China

Com as emissões de gases poluentes e de efeito estufa mais elevadas do planeta, a China é um pivô nesta discussão, perante a preocupação com o meio-ambiente.

Com seu eficiente sistema de gestão de ativos, o país investe em ações interessantes para a mudança do cenário.

Algumas medidas já se mostram efetivas, ainda que o ritmo de crescimento do país continue crescente, e a diminuição da emissão de gases ainda não tenha ocorrido. Vejamos quais as principais medidas adotadas:

Proteção da cobertura vegetal e reflorestamento

Já podemos falar que a China tem se tornado um país mais verde, com grande ampliação da área com cobertura vegetal. Essa é uma importante estratégia, uma vez que é essa cobertura que auxilia na captura do carbono atmosférico.

O fato é que não haverá um corte drástico dos gases de efeito estufa, e sim uma redução dentro do que é possível, ainda visando o crescimento do país, somado a diferentes abordagens, como o próprio reflorestamento.

A China conta hoje com diversos programas florestais que foram cuidadosamente projetados para diminuir a erosão do solo, lidar com a poluição e ainda, garantir o suprimento alimentício do país, mantendo a cobertura dos campos de plantio.

Em analogia a uma cota contemplada, é uma forma de garantir a parte do direito de cada cidadão, e lidar com a ciclagem de compostos como o próprio carbono, entre tantos outros, também fundamentais, como do oxigênio.

Carros elétricos

Atualmente a China está em sétimo lugar no mundo todo, quando se trata de vendas de carros elétricos. No entanto, ao considerarmos seu tamanho e população, é o país que mais fabrica e compra carros elétricos, isso se comparado a qualquer outro.

Existe uma previsão da indústria automobilística de que, até 2035, quase todos os veículos novos vendidos ali serão elétricos ou híbridos. Esse é um dado interessante para serviços como o de despachante aduaneiro, uma vez que as importações de automóveis devem aumentar.

Além disso, prevê-se também que até 2025, as baterias usadas na China terão o dobro da capacidade daquelas utilizadas no restante do mundo.

A queima de combustíveis fósseis, como a gasolina ou o óleo diesel, é responsável por cerca de um quarto das emissões de carbono, e os veículos rodoviários são tidos como os maiores emissores.

Ações como estas permitirão um novo cenário, com um armazenamento de energia ainda tido como um grande desafio.

Questões como os gastos para a produção e desenvolvimento dessas tecnologias são levantadas, uma vez que todo e qualquer processo industrial conta com sua taxa significativa de emissão de gases.

Mesmo atividades básicas como a alimentação industrial precisam e devem ser repensadas para os próximos anos também. 

Uso de fontes de energia renováveis

Seguindo esse raciocínio, é estimado que até 2050, 90% de toda a energia do país venha de fontes nucleares e renováveis, segundo pesquisadores da Universidade de Tsinghua, de Pequim.

Hoje a China é líder em produção de Tecnologia Verde, termo utilizado para designar todo o processo de desenvolvimento, fabricação e de descarte de soluções, considerando o seu impacto sobre os ecossistemas terrestres. 

Esse conceito surgiu no final do século XX, devido à necessidade da conscientização ambiental para a sustentabilidade dos processos humanos.

A biocapacidade da Terra era suficiente para atender às nossas demandas até os anos de 1970, tanto em relação ao uso de recursos, quanto à decomposição dos materiais descartados.

A partir de então o equilíbrio acabou, e hoje já temos uma insustentabilidade taxada, tanto a médio quanto a longo prazo. 

Aliás, já vemos os efeitos em nosso dia a dia, como as grandes ondas de frio e escassez de chuvas. O uso desse tipo de tecnologia traz benefícios para empresas, consumidores e para o meio ambiente.

Os produtos verdes são produzidos a partir de processo de menor impacto ambiental, com maior eficiência energética, melhor uso de matéria-prima e menor geração de resíduos.

Nesse cenário se destacam empresas de desenho e melhoria de processos, que visam alcançar excelência operacional ao utilizar metodologias e ferramentas robustas e poderosas.

E a China é a responsável por boa parte do desenvolvimento dessas tecnologias voltadas para todo o mundo, sendo pioneira em muitos protótipos, como as baterias citadas, garantindo o barateamento desses processos.

O governo chinês também vê nas Tecnologias Verdes uma importante fonte de renda e emprego para os milhões de habitantes. Atualmente o país já gera mais energia eólica e solar do que qualquer outro. 

E, inclusive, a estimativa é que até 2030 já se atinja 25% do total de energia gerada.

Por que a China se tornou a vilã?

Desde 2006, o país é o maior emissor mundial de dióxido de carbono, sendo, atualmente responsável por mais de um quarto das emissões de gases do efeito estufa, mundialmente.

O crescimento econômico por meio do uso de medidas poluentes, sua alta dependência do carvão como fonte de energia e demais práticas, colocaram a China como o principal país poluente e agravador do aquecimento global. 

De acordo com o presidente chinês, Xi Jinping, o uso do carvão será reduzido gradualmente a partir de 2026, além do concordado que não haverá novos projetos movidos a carvão no exterior.

Medidas como estas são consideradas pouco ambiciosas por ambientalistas e alguns governos.

Isso porque existem projetos de novas usinas de carvão em mais de 60 pontos do país, sendo que muitas já estão sendo erguidas, e o laudo de periculosidade desta situação é crítico.

Considerações finais

O aumento da temperatura global pode causar danos irreversíveis a todos os ecossistemas do planeta, e muitos sinais já estão sendo fonte de grandes preocupações mundiais.

Aqui no Brasil, ondas de frio levaram neve a cerca de 80 municípios no Sul do país. Assim, em 30 anos, estima-se o desaparecimento de 34% do que restou do Cerrado (hoje temos apenas 20% da cobertura nativa).

Além disso, vivemos a pior crise hídrica registrada nos últimos 91 anos, o que já traz racionamentos em algumas partes do país, e o cenário futuro não é otimista.

Controlar e reduzir estas taxas é urgente frente à situação ambiental do planeta, e o presidente da China, reforçou em 2020 sua posição como signatário do Acordo de Paris, de 2015.

De acordo com o presidente, antes de 2030 haverá um pico, devido às políticas de transição energéticas, que já vêm sendo adotadas, atingindo a neutralidade em relação ao carbono em 2060.

No entanto, cientistas e especialistas sobre políticas climáticas, como o Climate Action Tracker, questionam se as ações que estão sendo tomadas são realmente suficientes para cumprir a meta estabelecida.

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Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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Formado em Jornalismo e Comunicação Social. Assessor digital pela equipe Guia de Investimento. Meu compromisso é entregar conteúdos de qualidade para diversos setores, entre os principais: Tecnologia, finanças e meio ambiente.