Como a transparência ajuda a garantir a sustentabilidade

Rastreabilidade e monitoramento de origem são estratégias relevantes para as cadeias de valor. Ouça novo episódio do Isso Também é Floresta, disponível no Spotify

A garantia de rastreabilidade e o monitoramento da origem de um produto oriundo de área florestal são desafios para as cadeias de valor. A boa notícia é que a tecnologia se apresenta como aliada na busca por transparência desde a origem à entrega ao consumidor. Esse é o tema do primeiro episódio da série Isso Também é Floresta, que acaba de ser lançado pelo Partnerships for Forests (P4F).

“A tendência é existir cada vez mais demandas organizadas para que as empresas demonstrem a sua capacidade de não carregar no seu produto atributos não desejados relacionados ao desmatamento e aos direitos humanos”, observa Lisandro Inagaki, coordenador de projetos da área de Cadeias Agropecuárias Responsáveis do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), um dos entrevistados no episódio. Ele explica que as empresas precisam de transparência em todos os elos da cadeia que a antecedem para atender às exigências de um mercado que tende a olhar cada vez mais para isso.

O episódio apresenta a plataforma Conecta, que usa a tecnologia blockchain para encarar o desafio na pecuária, uma das cadeias mais complexas para a garantia de transparência. “Essa tecnologia nasce para unir os elos das cadeias”, explica Virgílio Ferreira, diretor de Produtos da empresa Safetrace, desenvolvedora da plataforma Conecta. Por meio da solução tecnológica, a plataforma Conecta permite a troca segura de informações. Virgílio lembra que muitos produtores rurais estão participando do processo e querem ajudar a estruturar a cadeia para uma pecuária mais sustentável.

A rede Origens Brasil, uma iniciativa que busca valorizar produtos diretamente ligados à floresta e produzidos com benefícios para a biodiversidade e as comunidades indígenas e tradicionais, é outro exemplo citado no episódio. O projeto nasceu do sonho de populações tradicionais e povos indígenas da Amazônia, que procuraram o Imaflora buscando uma solução para valorizar seus produtos. “Foi necessário desenharmos esse sistema de forma totalmente customizada para a realidade dessas comunidades. Então essa tecnologia não só funciona offline, mas também de forma colaborativa”, conta Patrícia Cota Gomes, articuladora e gestora da rede Origens Brasil.

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