Conheça a história do Piscinão de Ramos no Rio de Janeiro

Você conhece a história do Piscinão de Ramos no Rio de Janeiro? O espaço, construído em 2001, tem importância vital para a Comunidade da Maré e regiões próximas. Afinal, são cerca de 40 mil pessoas que vão até lá regularmente para nadar um pouco, divertir-se com os amigos e curtir o sol quente da cidade. Isso acontece, ainda que muita gente não saiba que esse fato é verdadeiro, ou seja, o Piscinão é um dos lugares mais visitados do Rio de Janeiro.

No entanto, um detalhe interessante é que não era pra ele existir. Exatamente: no início, o projeto que culminou no Piscinão de Ramos tinha um outro objetivo. Por isso, não era para existir. No entanto, como você verá até o fim deste artigo, as coisas foram se encaminhando para o resultado que temos hoje, com a construção do Piscinão sendo a solução para o problema da época.

E aí, quer conhecer a história do Piscinão de Ramos no Rio de Janeiro? Então siga a leitura do artigo abaixo!

Como é a história do Piscinão de Ramos no Rio de Janeiro?

A história do Piscinão de Ramos começa com a Praia de Ramos, que fica localizada muito próxima dele. Em 2000, começou-se a analisar a possibilidade de despoluir a Praia de Ramos, que recebia águas da Baía de Guanabara, para criar uma opção de balneabilidade para os moradores do Complexo da Maré. A Baía de Guanabara, por sua vez, recebia e ainda recebe o esgoto direto de mais de 6 milhões de pessoas, contando com cidades que ficam ao seu redor.

Após as primeiras análises, percebeu-se que a despoluição não seria algo fácil de se fazer. Afinal, por mais que a água fosse limpa, a Praia de Ramos continuaria recebendo água da Baía de Guanabara e ficaria suja novamente.

Então, o time responsável pela limpeza pensou na possibilidade de construir barragens para segurar o fluxo de dois rios próximos, que levavam a água da Baía de Guanabara para a Praia de Ramos. No entanto, esse trabalho não poderia ser feito, já que o espelho d’água da Baía de Guanabara foi tombado como patrimônio cultural e não poderia ser alterado.

Assim, a limpeza da Praia de Ramos depende da limpeza da Baía de Guanabara[1] , que é um projeto bem mais complexo e depende de encontrar uma nova forma de lidar com o esgoto do Rio de Janeiro.

Portanto, o problema de falta de balneabilidade para os moradores do Complexo da Maré continuava e foi necessário pensar como deveriam lidar com essa situação. A resposta foi construir uma praia artificial na região da Praia de Ramos, tornando-se assim uma opção de balneabilidade para as pessoas.

Como foi a construção do Piscinão de Ramos?

A construção do Piscinão de Ramos foi relativamente simples, ainda que o seu projeto tenha sido difícil de ser concluído por causa de uma série de requisitos mínimos a serem alcançados.

Por exemplo, a construção do Piscinão de Ramos deveria ser, idealmente, com um fundo de areia para melhor simular o chão do mar. Nenhuma piscina artificial do planeta fez isso porque a limpeza da água seria algo complicado, já que seria quase impossível de se fazer sem que puxasse, também, a areia do fundo.

O Piscinão de Ramos, no entanto, conseguiu resolver esse e outros problemas com a criação de um sistema de tratamento de água, com uma qualidade acima da média do estado do Rio de Janeiro.

O primeiro passo para o sistema de tratamento de água local é puxar água da Baía de Guanabara, que vem suja. Essa água recebe um tratamento de flotação no Piscinão, em que todos os resíduos sólidos vão para a superfície e formam um lodo, que é retirado por um equipamento.

Depois de limpa, a água é desinfetada e se torna própria para a balneabilidade. Nesse estágio, ela é considerada a melhor água do Rio de Janeiro. Em seguida, a água segue para o Piscinão, onde fica “andando” pelo lugar como se fosse uma espécie de rio. Nesse ciclo, ela recebe várias doses de cloro distribuídas estrategicamente pela extensão do Piscinão.

Por fim, a água volta para o sistema de tratamento, onde recebe nova dose de flotação e é deixada lá para o cloro evaporar. Quando ela está limpa e sem cloro, segue para a Baía de Guanabara, contribuindo para a sua despoluição. Que projeto enorme, não é mesmo?

Tudo isso foi construído em 2000, e em 2001 o Piscinão de Ramos estreou. O lugar foi um sucesso absoluto logo de início e até hoje tem importância cultural enorme para o Rio de Janeiro.

Agora que você conhece a história do Piscinão de Ramos no Rio de Janeiro, já pode apreciar mais esse grandioso trabalho. Afinal, estamos falando da única praia artificial do mundo com um piso de areia, com um sistema de tratamento de água muito eficiente e feito exclusivamente para as suas necessidades, de modo a contribuir para a despoluição da Baía de Guanabara.

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