Conscientização para mudanças climáticas: o que podemos fazer para ajudar o planeta?

Prof. Claudio de Brito Neri, docente de Geografia do Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré.

A última edição da COP28, Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, realizada em dezembro de 2023, teve como uma de suas prioridades as reduções profundas na emissão de carbono, conduta que deve minimizar os impactos ambientais.

Na Conferência, como pontos positivos, podemos destacar o amadurecimento da mentalidade ambiental e o processo de conscientização para as mudanças climáticas, que foi muito beneficiado pelo avanço das novas tecnologias e serviu para fundamentar os alertas dos especialistas com relação aos problemas resultantes do desequilíbrio climático, papel crucial no fomento das discussões e na busca de soluções por parte dos governos dos principais países do mundo.

As empresas passaram a ver o engajamento ambiental de suas marcas como um importante aliado para a construção de uma imagem positiva diante da sociedade e, com isso, houve uma evolução nos processos relacionados à preservação ambiental. Vários resultados têm sido alcançados por iniciativas destinadas a diminuir as emissões de carbono.

Exemplo disso é o projeto de uma das maiores startups de entrega de alimentos do Brasil, que substituiu a entrega motorizada por bicicletas. Além disso, fez parceria com uma empresa fabricante de motos elétricas, o que permitiu a realização de 5,7 milhões de entregas sustentáveis. Somente essa empresa, em parceria com a ONG SOS Mata Atlântica, investiu no plantio de 50 mil mudas de árvores, o equivalente a 20 campos de futebol. A previsão é que em 20 anos sejam retiradas mais de 8 milhões de toneladas de carbono da atmosfera, quantia correspondente a 28 milhões de entregas.

Apesar de todos os avanços nas áreas governamentais e nas empresas privadas, acredito que o maior avanço ainda está por vir. É preciso conscientizar a sociedade de que a maior e mais impactante fase de contenção das mudanças climáticas irá começar quando a questão ambiental deixar de ser apenas um projeto de governo e se tornar um plano pessoal e de vida de cada cidadão.

A educação ambiental está presente nas escolas, mas precisa estar no âmbito familiar, somente assim atingirá as pessoas em sua totalidade. É nos lares que os principais conceitos são fundamentados, as boas atitudes são consolidadas e a parceria escola-família ganhar um poder transformador.

É o momento de cada indivíduo buscar a sua própria redução da emissão de carbono e pensar no inventário pessoal de carbono zero, ideia que vai em direção à iniciativa chamada de “pegada de carbono pessoal”, em que cada um é responsável por reduzir a sua própria emissão diária.

Se cada cidadão se tornar um agente redutor de carbono, isso poderá se concretizar na maior transformação ambiental já vista na história. A preservação da vida é responsabilidade de todos e a solução começa com pequenas atitudes.

*O conteúdo dos artigos assinados não representa necessariamente a opinião do Mackenzie.

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