Covid-19 e a gestão de crise: o que significa o conceito de “Sala de Guerra”?

7/5/2020 – A crise é global, mas cada empresa vive uma realidade diferente. O desafio está em definir o caminho crítico e executar as ações

Primeiramente, as empresas precisam ter muito discernimento do que precisa ser feito, a começar pela “estruturação” de um Comitê de Crise ou de uma Sala de Guerra.

Os agravamentos da crise econômica causados pela pandemia do coronavírus estão afetando drasticamente os resultados das empresas e, consequentemente, a vida dos gestores. De acordo com uma pesquisa divulgada no dia 24/04 pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) – denominada: Covid-19 (coronavírus) – Gerenciamento de Crises e o Papel dos Administradores nas Organizações – os dados são alarmantes: 90,2% das empresas não estavam preparadas para uma pandemia e muitas delas sequer tinham um plano de gerenciamento de crise. Em contrapartida, a pesquisa revela que, para 22% dos respondentes, a crise também pode gerar oportunidades de inovação e novos negócios.

Para Frank Sowade, CEO da Aktos Consultoria, o momento exige de todas as empresas uma postura diferente e ainda mais focada em resultados. Ele aponta que o primeiro passo para o gerenciamento dessa crise está no claro discernimento do que precisa ser feito e, depois, na “estruturação” de um Comitê de Crise ou de uma Sala de Guerra. “A estruturação de uma sala de guerra depende de três fatores, a saber: do momento da empresa e do mercado, da existência de um planejamento estratégico anterior à sua estruturação e, principalmente, do diagnóstico prévio. Ela deve ser entendida com as seguintes vertentes: a gestão do dia a dia do negócio, a gestão de um projeto específico ou a gestão de crise, como o momento pelo qual passamos agora. Ou seja: o foco atual e de maior peso é o momento do mercado, mas este não pode ser visto de forma isolada e não há solução ou caminho único para que uma empresa atravesse esta fase de forma segura e, principalmente, à termine fortificada”, ele argumenta.

Frank explica que o conceito da “Sala de Guerra” é simples: reunir em um único local as pessoas e informações relevantes para a definição da estratégia, monitoramento das ações e tomada de decisões de forma organizada, contínua e disciplinada. A realização das tarefas acontece em um nível operacional. “A crise é global, mas cada empresa vive uma realidade diferente. O desafio está em definir o caminho crítico e executar as ações”, ele diz.

“A primeira ação a ser realizada é a elaboração de um diagnóstico. Rápido, mas preciso o suficiente e que informe tanto o fluxo de criação de valor da empresa como forneça um mapa de maturidade dos principais processos. Este é o ponto de partida. Com o primeiro, analisam-se os desvios e determinam-se as causas-raízes, seguidas da elaboração e do monitoramento do plano de ação. Com o segundo, determinam-se os potenciais de melhoria. Finalmente, a revisão do planejamento estratégico se torna uma consequência deste ciclo”, ele finaliza. De acordo com os métodos de Sowade, o conceito de Sala de Guerra desenvolvido pela Aktos permite que as melhores competências individuais trabalhem de forma sinérgica e alinhadas às demandas da empresa nos dois níveis e ainda reforça que, neste momento, o foco é superar a pandemia com um retorno robusto às atividades e simultaneamente estar alinhado ao planejamento estratégico da empresa.

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Redação
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