Déjà-vu: como a ciência explica o fenômeno?

Sabe aquela sensação de que você já esteve em um lugar antes ou que fez algo em específico, mas na verdade sequer se lembra de ter pisado os pés ali? Bem, é a esse sentimento que podemos chamar de déjà-vu, algo inexplicável para muitos.

Mas não é porque uma explicação óbvia que tal evento não exista, até porque diversas são os fenômenos na natureza que não possuem um esclarecimento sobre a sua origem, tal como o fato de bocejar sempre que você vê outra pessoa fazendo isso também.

Muitas vezes o inexplicável só recebe esse nome porque ainda não conseguimos chegar a uma solução, com o avanço da ciência permitindo inclusive com que muitos dos mistérios da natureza sejam desvendados com o passar do tempo, quebrando até alguns mitos.

O mesmo pode ser dito sobre o funcionamento do organismo humano, com um destaque específico para o cérebro humano e suas diversas conexões neurais. Ligações essas que nos fazem lembrar de regras ensinadas em um treinamento de integração, por exemplo.

Enquanto muito do que se relaciona à memória humana já foi decifrado pela ciência, existem alguns mistérios que ainda precisam ser desvendados, como é o caso daquela sensação de ter passado por algo similar antes, aquilo que é chamado de déjà-vu.

Mas não é porque sabemos sobre alguns impactos neurais que compreendemos exatamente o que está por trás disso, afinal, a ciência consegue medir os impactos do amor no cérebro, mas definir exatamente como funcionava esse sentimento é outra história.

Ao menos essa é a realidade do momento, já que o avanço das novas tecnologias permite com que diversas soluções sejam possíveis, indo desde a aplicação de uma sistema de otimização de laudo nr10 até a concepção de estratégias a serem usadas no mercado.

O foco aqui, no entanto, não é sobre a busca das respostas acerca do desconhecido, tais como a existência de vidas alienígenas ou um conhecimento melhor sobre o que está por trás da explosão que deu origem ao planeta, existindo mistérios um pouco mais próximos.

O objetivo desse texto é compreender melhor o que está por trás do fenômeno conhecido como déjà-vu, algo comum a ser vivido por todos, mesmo que sem uma compreensão do que está por trás de tal fenômeno.

Afinal, o que significa o déjà-vu?

A ocorrência comum desse fenômeno faz com que o déjà-vu seja algo conhecido por diversas pessoas, mas se você perguntar diretamente para alguém se ele consegue definir esse sentimento, as respostas podem não ser tão claras assim.

Tentando definir esse fenômeno, podemos chamar o déjà-vu como uma sensação de estar revivendo algum tipo de situação ou até mesmo de já ter visto algo, por mais que não existam memória clara disso, em certos casos sendo a primeira vez que alguém vive algo.

Inclusive, é justamente a isso que podemos destacar a própria origem desse termo, vindo do francês, como uma expressão que pode ser traduzida como “já visto”, o que resume diretamente aquilo que é sentido por quem vive algum tipo de déjà-vu frente a algo específico.

Diante disso é fácil associar esse tipo de sensação ao funcionamento do cérebro humano, com um destaque específico para a área da memória, algo a ser compartilhado até entre os animais, fazendo uma ave evitar o choque direto com uma rede de proteção antipássaros.

O que não podemos dizer no momento é se outras espécies também são capazes de sentirem o déjà-vu, algo que talvez no futuro a ciência possa trazer respostas mais complexas, no momento sendo mais útil compreender esse feito nos seres humanos.

O que a ciência diz sobre esse fenômeno?

O déjà-vu está entre alguns tópicos que nem mesmo todo o avanço tecnológico foi capaz de trazer uma resposta clara, no entanto, diversos estudos são feitos sobre o assunto, muitos em cima até mesmo de pesquisas que já são férias há gerações em cima dessa ocorrência.

É justamente com isso que a pesquisadora Anne Cleary publicou, nos Estados Unidos, junto à Universidade do Estado do Colorado, um estudo amplo sobre o déjà-vu, buscando compreender suas causas, como tal fenômeno funciona entre muitas outras questões.

O trabalho de Cleary aponta para um teoria que está ligada à percepção da memória e como isso pode estar por trás das causas do déjà-vu, estando então associado a como somos capazes de lembrar sobre a disposição de produtos de limpeza profissionais na estante.

Isso ocorre principalmente graças a visualização de possíveis padrões, envolvendo a disposição tanto de produtos como de indivíduos, criando dessa forma uma espécie de layout em sua mente, facilitando assim a comparação a ser feita de um evento com outro.

Ou seja, a partir do momento em que você arruma o seu quarto de uma maneira específica, caso você encontre outro espaço com esse mesmo tipo de arrumação, pode ocorrer do seu cérebro fazer uma comparação entre as imagens a serem captadas pelo seu globo ocular.

É por causa desse paralelo entre tais imagens que o cérebro humano pode se confundir, tendo a sensação de já ter vivido aquele momento, causando assim o chamado déjà-vu, tudo isso ocorrendo no lóbulo temporal, área responsável por informações:

  • Sensoriais;
  • Auditorias;
  • Visuais;
  • Memórias.

Uma combinação de experiências que mostram um pouco sobre a complexidade do cérebro humano, sendo algo muito mais amplo até do que as conexões presentes em um projeto elétrico predial, por exemplo, explicando a grandiosidade das nossas ligações neurais.

Por mais sentido que faça as explicações sobre o déjà-vu levantadas por essa teoria, ainda é necessário estudos mais complexos para que seja possível provar isso, nos deixando mais próximos de uma resposta para o que realmente se trata tal fenômeno em particular.

Enquanto essa pesquisa citada ainda não pode ser cientificamente provada, é válido reconhecer quais são as outras teorias que estão por trás daquilo conhecido como déjà-vu, indo desde o universo dos sonhos a ideias que passam por livros de ficção científica.

Diferentes explicações para o déjà-vu

Esse fenômeno está longe de ser algo recente, com as pessoas tendo essa sensação de reviver algo sendo identificada em diversas eras da história. Tudo isso deu origem a diferentes visões acerca do assunto, todos em busca de explicar sobre o que isso se trata.

Entre algumas teorias, buscando entender como alguém pode sentir um déjà-vu em qualquer momento do dia, seja no conforto do lar ou ao realizar um trabalho, com um Serviço de Guincho, as seguintes acabam sendo as mais conhecidas:

Encarnações passadas

O espiritismo é uma das religiões que acreditam no processo de reencarnação, fazendo assim com que um indivíduo tenha vivido diferentes vidas no passar da história. Com isso em mente, o déjà-vu pode então ser definido como um flashback dessas vidas.

Ou seja, trata-se de uma memória reprimida não sobre a sua existência, mas sim de diferentes vidas que você pode ter vivido antes. Essa teoria é popular desde o século XVIII, com registros vindos da França, país de origem para o termo “déjà-vu” em si.

Realidades paralelas

Para quem acredita em contos de ficção científica, o déjà-vu pode ser um termo que está por trás de histórias desse tipo. Isso porque alguns acreditam que isso está associado não a memórias de vidas passadas, mas sim de uma existência que ocorre ao mesmo tempo.

Nesse caso estamos falando da teoria de realidade paralelas, envolvendo diferentes universos que contam com versões diferentes de si fazendo assim com que esse fenômeno ligado à memória esteja associado a uma espécie de vislumbre do que ocorre do outro lado.

Por exemplo, pode ser que ao ir no mercado comprar por brindes para funcionários para distribuir na festa de fim de ano da empresa, sua vida paralela já tenha feito essa atividade antes, fazendo assim com que surja essa sensação de déjà-vu, como algo passado.

Falha cerebral

O cérebro humano é composto por ações que fazem parte tanto do consciente como do inconsciente, com o déjà-vu podendo ser definido então como uma falha de comunicação entre esses dois sistemas, criando assim uma sensação de confusão mental.

Essa teoria conta com um maior embasamento científico, sendo apresentado nos estudos publicados no The Quarterly Journal of Experimental Psychology, buscando compreender como algo simples como uma pintura de portão pode despertar tal sensação.

Matrix

Por fim, podemos embarcar em uma teoria que se baseia ainda mais na ficção científica, estando ligada ao filme Matrix (1999) e as histórias que deram origem a essa produção, onde em um mundo controlado por máquinas, o déjà-vu seja então uma falha no sistema.

Muitas são as teorias, mas poucas são as respostas concretas sobre isso. Enquanto não chegamos a uma solução 100% correta, temos que conviver com essa sensação, lembrando que isso pode não ser um problema de memória, mas apenas um fenômeno natural.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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Formado em Jornalismo e Comunicação Social. Assessor digital pela equipe Guia de Investimento. Meu compromisso é entregar conteúdos de qualidade para diversos setores, entre os principais: Tecnologia, finanças e meio ambiente.