Do consumo à dependência química: quais os fatores de risco?

Quando o assunto é dependência química, é normal as pessoas pesquisarem sobre como tratar, onde o tratamento com ibogaína vem ganhando destaque, no entanto, é necessário primeiro identificar quais os fatores de risco.

Isso porque, a dependência envolve três fatores: o indivíduo, o produto e o ambiente.

Vale mencionar que a dependência química é uma doença, e que se não tratada, pode provocar problemas não apenas físicos e emocionais, mas afetar a vida pessoal, profissional e social do dependente.

Portanto,  se você conhece alguém nessa situação, entenda, a seguir, quais os fatores que podem levar à dependência, assim como ocorre todo o processo.

Quais os fatores de risco da dependência química?

Em primeiro lugar, seja qual for a droga, praticamente todas provocam um efeito imediato nas percepções, humor e comportamento, e expõem a pessoa a um maior risco de dependência, mais ou menos rápido e mais ou menos grave.

E esse risco maior ou menor está diretamente ligado às características individuais, o tipo de substância e os fatores ambientais.

Vamos entender mais a fundo cada um desses fatores:

Fatores individuais

A idade, o sexo, a maturidade cerebral, a personalidade e o humor de um indivíduo desempenham um papel importante no seu risco à dependência.

Assim, começar a consumir álcool no início da adolescência multiplica por dez o risco de se tornar alcoólico quando adulto, comparando com uma iniciação mais tardia.

Pessoas mais ansiosas, introvertidas, ou ainda com uma tendência à depressão, têm um risco maior de dependência.

No plano neurobiológico, o nível de atividade dos neurotransmissores que agem no nosso funcionamento e comportamento pode variar de pessoa para pessoa e em algumas, pode significar maior vulnerabilidade à dependência.

Entram aqui também os fatores genéticos, uma vez que os genes influenciam o metabolismo das drogas, as quais intervêm nos neurotransmissores do sistema da recompensa.

São essas variações genéticas que explicam em parte os efeitos sentidos por cada um à uma mesma droga.

Além disso, o consumo associado a sensações agradáveis e efeitos positivos no funcionamento psíquico, como extroversão e mais energia, é um motivo que faz com que a pessoa queira usar a droga novamente.

Isso é o mesmo que ocorre quanto à tolerância à uma substância, com efeitos positivos e moderados.

Os tipos de drogas

Do ponto de vista das drogas, a dependência pode se instalar mais ou menos rapidamente, após um único uso, como o crack, ou mais lentamente, como o álcool.

Tudo depende do potencial da droga e da frequência, assim como da sua interação com os neurotransmissores.

O tabaco, depois a heroína, a cocaína ou o álcool são as substâncias com mais risco e quando o consumo é frequente.

Fatores ambientais

Enfim, a influência de fatores externos, como estresse, contexto social, presença de problemas psíquicos…também é determinante.

Por exemplo, o principal fator de risco de dependência ao cigarro é conviver com fumantes.

Da mesma maneira, a maconha, onde a dependência está fortemente associada ao fato de haver amigos fumando no momento da adolescência.

Portanto, o conjunto desses fatores é que pode levar à dependência, e quando chega a esse, é importante estar atento aos sinais e buscar ajuda.

O ideal é que a própria pessoa tenha consciência do que está acontecendo, e buscar tratamento voluntário com ibogaína, que embora seja um tratamento relativamente novo, os resultados são rápidos e eficazes.

Como se instala a dependência?

Para que a dependência ocorra, isso envolve três etapas:

1.Busca de prazer

A primeira etapa é decorrente da ativação do circuito cerebral da recompensa pela droga consumida.

A repetição do consumo vai condicionar a pessoa, e descargas de dopamina vão ser liberadas gradualmente por antecipação, prevendo a chegada da recompensa.

Dessa forma, a reprodução da situação associada ao consumo vai levar a pessoa a usar a droga novamente.

Essa é a fase da busca de prazer, que só é alcançada pelo uso da droga, o que induz ao aumento da tolerância à substância e uma sensação de falta quando interrompe o uso.

2.Estado emocional negativo

Uma segunda etapa é quando as taxas de dopamina liberada à cada consumo diminuem progressivamente, tornando o sistema de recompensa menos sensível às moléculas que o estimulam normalmente.

Por outro lado, a liberação repetida de dopamina leva à uma alteração do funcionamento da amígdala cerebral, deixando a pessoa mais estressada e com emoções negativas.

E como não encontra mais prazer no dia a dia, apenas o uso da droga será capaz de satisfazer o sistema de recompensa.

Essa fase também está associada à uma perda progressiva da plasticidade cerebral, ou seja, a capacidade dos neurônios se conectarem entre eles.

3.Perda de controle

Nesse momento, há uma total perda de controle e a pessoa não consegue resistir ao desejo de se drogar, mesmo quando tem vontade de parar.

Entendendo como é o desenvolvimento de uma dependência, é fundamental buscar ajuda profissional o quanto antes, e o tratamento com ibogaína tem mostrado resultados bem satisfatórios.

Qual é o tratamento mais eficaz para dependência química?

Embora ainda não exista um tratamento que seja adequado para todos, pois cada caso é um caso, bem como as características individuais de cada um e o tipo de droga, atualmente, o tratamento para dependência com ibogaína está sendo cada vez mais adotado em clínicas de recuperação.

O grande diferencial desse tratamento é a rapidez e causar praticamente nenhum efeito colateral, principalmente ao longo da abstinência.

A ibogaína é uma substância alcalóide com propriedades alucinógenas, usada há séculos em rituais africanos, e vem ajudando no tratamento contra as drogas, agindo na desintoxicação e reduzindo os sintomas da abstinência.

No entanto, é um tipo de tratamento que deve ser supervisionado por profissionais capacitados e habilitados, logo, recomenda-se  que deve ser feito em uma clínica de ibogaína

É necessário uma avaliação clínica e psicológica do paciente antes de iniciar o tratamento, até para verificar se não há qualquer contraindicação, e em seguida, é elaborado um plano de tratamento.

Lembrando que o tratamento é individualizado, assim como a dosagem, levando em consideração as características de cada indivíduo.

Se você conhece alguém que está lutando para se livrar das drogas, o tratamento com ibogaína pode ser uma alternativa, desde que seja supervisionado de perto por um médico qualificado!

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Lucas W. Pelisari é escritor, formando em Investigação Forense e Perícia Criminal. Cursa Direito e atua profissionalmente no marketing. Sua especialidade é empreendedorismo e marketing digital.