5 fatores negativos para a economia brasileira em 2022

A economia brasileira está passando por um momento de crise com índices em queda em relação aos últimos anos. Isso é resultado de diversos aspectos associados à gestão e fatores internos e externos relacionados ao segmento. E o cenário tende a piorar em 2022.

Economistas de um grande banco apontam para uma queda significativa do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil de 1,5% para 0,5% em 2022. A empresa de consultoria econômica MCM Consultores prevê também redução, mas de 2,1 para 1,4%.

O PIB corresponde à soma de todos os serviços e bens produzidos no ano, indicando o tamanho da economia no período analisado. 

Ele é calculado com base em:

  • Bens e produtos finais;
  • Investimentos realizados;
  • Serviços remunerados, como software de facilities;
  • Gastos do governo com educação, saúde e segurança;

Este indicador serve para identificar quais as forças e fraquezas da economia de determinado país no período analisado.

Para 2022, além do PIB mais baixo, espera-se aumento na inflação e nos juros. A inflação consiste no aumento dos preços de produtos e serviços causado por uma redução do poder de compra.

Os juros, por sua vez, são o valor do dinheiro ao longo do tempo no caso de empréstimos realizados por instituições financeiras a pessoas que estão necessitando para quitar dívidas, por exemplo.

Se você tem uma empresa que presta serviços dentro da engenharia de avaliações, precisa criar um plano de emergência para o ano de 2022, visto o aumento iminente da crise no país.

Abaixo separamos os 5 principais fatores que poderão afetar negativamente a economia nacional em 2022.

1. Perda do efeito de retomada comercial pós-pandemia

A retomada comercial após a pandemia está trazendo um aquecimento das vendas no segundo semestre de 2021. Contudo, esse aquecimento tem previsão de durar apenas até o final deste mesmo ano.

Como existem previsões para aumento do desemprego, da inflação e dos juros, em 2022, espera-se que o poder de compra reduza. Com isso, o comércio perde força e entra em um período de desaceleração de vendas, prejudicando o PIB.

Suponhamos que você venda peças para forno industrial. Os restaurantes voltaram à ativa no segundo semestre de 2021 e precisarão repor as peças dos fornos. Contudo, em 2022, isso já não será mais necessário, pois o comércio já foi reaberto anteriormente. 

2. Juros e inflação altos

Segundo as novas análises de especialistas em economia, de diversos bancos e instituições privadas, a inflação e os juros aumentaram em 2022. 

Por isso, pode ser interessante pensar na contratação de serviços de segurança patrimonial, dadas as incertezas econômicas.

Os juros aumentam como consequência da inflação. Em decorrência do aumento dos preços dos serviços e produtos, mas não do salário, muitas pessoas precisam recorrer aos bancos para realizar empréstimos. Esses empréstimos terão juros mais altos.

Estima-se uma taxa básica de juros de 9% para 2022, por instituições privadas, e do aumento da previsão na taxa de inflação de 3,98% para 4,10% conforme dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). 

Se desejar uma previsão de como os juros e inflação podem afetar seu negócio em 2022, pode pensar em contratar uma consultoria contabil para te ajudar nesse processo.

3. Desaceleração da economia mundial

A desaceleração em 2022 será reflexo da redução nas vendas de bens e serviços, estimada em decorrência dos comércios já terem sido reabertos no segundo semestre de 2021.

Em 2021 houve um crescimento significativo das economias, devido ao avanço da vacinação que permitiu a reabertura dos comércios físicos. Tal reabertura promoveu um aquecimento do mercado pelo aumento de vendas.

Contudo, para 2022, esse aquecimento terá se dissipado. A desaceleração da economia a nível mundial e nacional pode trazer efeitos muito negativos nos parâmetros do Brasil, especialmente em relação ao PIB.

Por exemplo: se você presta serviços de usinagem de precisão pode ter uma grande demanda de clientes no final de 2021 pelo retorno das atividades. No entanto, em 2022, com as atividades já em andamento, seu negócio pode ser prejudicado.

4. Agravamento da crise hidro energética

O Brasil emprega muitos recursos naturais para produção de energia elétrica, tendo como principal meio as hidroelétricas, que usam a força da água.

No entanto, o país sofre uma grande estiagem em 2021, o que afeta os níveis de água desses reservatórios, impactando diretamente na produção e fornecimento de energia em todo país. Além disso, o fornecimento de água também tem sido afetado neste ano.

Como forma de contornar esse fato, termoelétricas foram acionadas em 2021 para suprir a demanda energética do Brasil, o que implica diretamente no aumento das faturas dos cidadãos a preços muito acima do esperado.

Especialistas estimam que em 2022 os recursos podem se tornar ainda mais escassos e a necessidade de racionamento de energia elétrica e água pode vir à tona, até mesmo com interrupção intermitente de fornecimento.

Isso porque até mesmo as termoelétricas têm limite de geração de energia e com cada vez menos fornecimento oriundo das hidroelétricas, suprir a demanda da população será um grande desafio.

Neste cenário, pode ser necessária uma avaliação ambiental preliminar a fim de verificar as possibilidades quanto ao uso dos recursos e a adoção de outros métodos de obtenção de energia que não afetem o meio ambiente de modo significativo.

O aquecimento global está em pauta com registro de aumento de temperatura e catástrofes climáticas em diversos lugares do mundo. Com o acionamento de termoelétricas, temos um aumento de emissão de gases do efeito estufa, que contribuem para o aquecimento.

Afetando o clima, o regime de chuvas também é diretamente impactado. Sendo assim, a estiagem que afeta o Brasil em 2021, pode ficar ainda pior em 2022 por conta dessas condições.

Quanto ao cenário de fornecimento de energia e água tem-se uma verdadeira “bola de neve” com uma coisa afetando diretamente a outra.

5. Crescimento da renda em baixa

Associados a todos esses fatores negativos, estima-se um baixo crescimento da renda da população, com estagnação em muitos casos. Isso impacta diretamente o poder de compra que faz a economia rodar.

Diante disso, analistas de investimentos recalcularam suas previsões e propuseram um crescimento no PIB, antes de 1,7%, agora em 1,3% apenas. Essa taxa vai refletir significativamente no aumento de renda dos brasileiros, que será achatado.

Estima-se uma alta de apenas 1,5% na renda dos brasileiros associada a um aumento na taxa de desemprego, que tem previsão de 10%, segundo economistas.

Nesse cenário de incertezas, pode ser interessante a contratação de uma auditoria independente dentro de sua empresa para analisar a atual situação e poder prever o impacto desses aspectos negativos da economia no seu negócio.

Cenário político e a crise econômica de 2022

Outra condição que poderá afetar o cenário econômico brasileiro serão as eleições de 2022. Pelo que se prevê, pode haver grande polarização da população em relação aos candidatos, com ambos prometendo políticas de alto teor populista.

Os principais candidatos à presidência da república podem apresentar verdadeiros fãs clubes que podem ajudar ainda mais a dividir a opinião pública, o que impacta diretamente na economia.

A crise político-institucional-fiscal que o Brasil vive prejudica o cenário econômico. Isso porque as ações do governo como um todo sempre afetam os demais setores da economia além dos outros fatores já citados.

Conclusão

O Brasil vive um momento difícil no cenário econômico-político-institucional com uma série de medidas que repercutem a imagem do país a nível mundial.

O país voltou aos holofotes durante a pandemia por meio de escândalos de possível corrupção na compra e venda de vacinas e da omissão de gestores no comando das medidas sanitárias para contenção da disseminação do vírus.

Associado a isso, o país passa por uma crise hidro energética que prevê possível falta de energia e água nos próximos meses e medidas para racionamento.

O acionamento das termoelétricas para suprir a demanda traz consequências para o clima, o que afeta o regime de chuvas, e pode piorar ainda mais a estiagem já instalada. 

Além disso, encarece a conta de energia dos brasileiros, favorecendo ainda mais a crise.

A inflação e os juros em alta impactarão no poder de compra dos cidadãos. Com baixo poder de compra, as vendas do comércio são prejudicadas. 

Desta forma, tem-se o prejuízo ao fluxo da economia e consequente a piora do cenário e do otimismo para os próximos anos.

Todos esses fatores, em conjunto, serão, conforme especialistas da iniciativa privada, os determinantes para um pior cenário econômico em 2022 em relação ao ano anterior de 2021.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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Formado em Jornalismo e Comunicação Social. Assessor digital pela equipe Guia de Investimento. Meu compromisso é entregar conteúdos de qualidade para diversos setores, entre os principais: Tecnologia, finanças e meio ambiente.