Energisa capta R$ 750 milhões em debêntures vinculadas a metas ESG

Captação pioneira no setor elétrico brasileiro foi viabilizada por projetos que evitarão emissões de 76 mil toneladas de CO2, o equivalente ao capturado por 216 mil árvores em um ano

Pela primeira vez, uma empresa brasileira do setor elétrico capta recursos atrelados a compromissos de sustentabilidade. A Energisa, que também foi uma das primeiras a ter ações listadas em Bolsa de Valores, na primeira década do século passado, levantou R$ 750 milhões com a emissão dos chamados Sustainability-Linked Bond (SLB). Na prática, os projetos vinculados aos títulos evitarão a emissão de 76 mil toneladas de carbono, é equivalente ao capturado por uma floresta do tamanho de 100 campos de futebol.

O SLB está relacionado ao objetivo 1 dos compromissos ESG da companhia, que busca viabilizar a inserção de fontes renováveis no Brasil com sustentabilidade, segurança energética e confiabilidade na matriz. Inclui projetos de geração distribuída e iniciativas para dar acesso à energia limpa, especialmente em regiões remotas do país. Os compromissos ESG da Energisa foram pautados pelos 17 objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, com metas até 2050.

De acordo com Maurício Botelho, CFO da Energisa, a emissão inédita no setor reforça a capacidade da Energisa em dar escala a suas soluções de geração distribuída, como as fazendas solares, e também àquelas que são desenvolvidas para dar acesso à energia em áreas remotas.
 

“Inicialmente, a nossa intenção era ofertar R$ 500 milhões ao mercado. Em interações com investidores, percebemos o grande interesse em títulos vinculados a metas ESG e, justamente por isso, tomamos a decisão de ampliar para R$ 750 milhões. O sucesso da venda mostra que fomos pelo caminho correto”, conta Botelho. “Os compromissos estratégicos ESG que lançamos em junho têm uma agenda que combina metas de negócio com premissas de desenvolvimento sustentável para o país, pautadas pela transição energética, como dar acesso à energia limpa em regiões remotas do Brasil. Mantemos nosso pioneirismo no setor elétrico com essa emissão de debêntures para levar luz a quem precisa, ampliando o acesso a um bem essencial em locais remotos do país”, completa.

“O setor de energia elétrica é relevante no mercado de capitais brasileiro, participando significativamente em volume e nas operações com rotulagem ESG. A Energisa ter inovado assumindo metas de sustentabilidade vinculadas à emissão, contribui de forma material para a agenda ESG. O Bradesco BBI está feliz de ter atuado como líder nessa transação e assessor ESG”, acrescenta Rafael Garcia, head de Renda Fixa do Bradesco BBI. Os coordenadores da oferta são o Bradesco e o Itaú.

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Redação
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