“Febril”, de Lucia Helena Corrêa: a nobreza ancestral do canto

    Rio de Janeiro (RJ) 27/11/2013 – Seu CD apresenta um pouco de tudo o que é negro e bom: blues, samba, canções de amor e dor. Indispensável

    Depois do lançamento em São Paulo, na Sala dos Espelhos do Memorial da América Latina, no mês passado, chega ao Rio de Janeiro, o CD “Febril”, o primeiro da cantora, jornalista e poeta carioca Lucia Helena Corrêa – tetraneta de Joaquim Antônio Callado, o “pai” do chorinho. O show de lançamento no Rio será no Centro Cultural Cartola, no próximo dia 30 de novembro, sábado, às 19 horas. A data coincide com o aniversário de morte do compositor carioca, homenageado da noite.

    O show de lançamento do CD “Febril” é beneficente. A entrada, por pessoa, é um quilo de arroz, feijão ou macarrão, mais uma lata de leite em pó, mantimentos destinados à Associação Reagir (www.reagir.org.br), de amparo a crianças carentes.

    Lucia Helena, que começou a cantar em 2004, grava em “Febril”, de selo independente, canções próprias e de outros compositores. É o primeiro CD a carregar, exclusivamente, canções de artistas do Clube Caiubi de Compositores, um dos movimentos mais ruidosos e sérios da música brasileira independente (http://clubecaiubi.ning.com.br), e do qual ela faz parte há quase dez anos.

    Gravado no Estúdio Soulshine, em São Paulo, com engenharia de som de Othon Ribeiro, mixado e masterizado por Tony Pelosi, do estúdio carioca Toca do Gnomo, “Febril” reúne 19 composições, de diferentes gêneros, o que revela uma cantora eclética, capaz de ir do samba de raiz ao bolero, com escala no blues, chorinho e pop romântico (http://clubecaiubi.nin.com/profileLuciaHelenaCorrea.

    Quem assina a produção e direção artística de “Febril” é Tato Fischer, primeiro pianista da extinta banda Secos & Molhados. A direção e os arranjos são do maestro Bráu Mendonça, que também acompanha a cantora ao violão e nas guitarras, acústica e elétrica. O patrocínio é da Artevagas, iniciativa da empresa Vagas Tecnologia, que apoia manifestações da arte popular brasileira.

    DE QUEM OUVIU

    “Febril é o estado de ser do exaltado, cheio de paixão, entusiasmo. Lucia Helena Corrêa, que não brinca com as palavras, escolheu essa, especialmente – febril – para dar nome ao disco em que canta os compositores da cena independente, cena febril de ânsia criativa, que ela aborda febricitante de eterna inquietude – e cada um que monte o seu tabuleiro de ilações, que isso é pano para muita manga”, escreve o jornalista e crítico musical, Mauro Dias, na apresentação do trabalho.

    Mais do que isso, na opinião do crítico, o que impressiona é a convicção da escolha que ela faz e a capacidade de contaminar quem a ouve. “A voz dessa mulher se apossa do verbo e dos acordes e os escraviza com doçura do ser apaixonado e firmeza de quem sabe que a vida se constrói no equilíbrio entre os gestos que acalmam e os que provocam”, diz Mauro Dias, que atribui esse “poder” ao fato de a voz Lucia Helena “vir não apenas do fundo do peito ou da alma, mas da barriga da história. Há nobreza ancestral no canto de Lucia Helena, nobreza como a que orientou Clementina para nos dizer como soa a voz brasileira, nobreza que brinca nas flautas do Xingu e na bandeja de prata em que Elizeth Cardoso nos servia manjares, a mesma das cumbucas e arames de Naná Vasconcelos e dos abracadabras machadianos, que tudo ainda somos nós. Não fosse Lucia Helena, tetraneta de Joaquim Callado, flautista e pianista, pai bem sabido do choro”, compara Mauro Dias.

    Emoção – eis a marca do canto de Lucia Helena, que todos os depoimentos acentuam: “O que é marcante em Lucia Helena, dona de uma voz contralto rara em mulheres, possante, doce e de afinação absurda, é a emoção transbordante, em carne viva”, resume o jornalista Luiz Henrique Miranda. “Quando conheci Lucia, cantamos My Funny Valentine. Penumbra. Garçons atentos. Até o vento se arrepiou. Lucia é assim: arrepio, surpresa na voz crioula, doce e grave. Brinca com os tons e os versos de maneira surpreendente. Traz para o coração do ouvinte a África e a malandragem carioca. Seu CD apresenta um pouco de tudo o que é negro e bom: blues, samba, canções de amor e dor. Indispensável”, testemunha o violonista e professor Marcos Mamuth.

    SERVIÇO

    SHOW DE LANÇAMENTO DO CD “FEBRIL”

    Quando? Dia 30 de novembro de 2013, sábado, às 19 horas

    Onde? Centro Cultural Cartola

    Endereço? Rua Visconde de Niterói, 1296 – Tel.: (21) 3234-5777 – Rio de Janeiro

    Email: cartola@cartola.org.br

    Ingresso (por pessoa): 1 (um) quilo de arroz ou feijão ou macarrão + uma lata de leite em pó

    CDs à venda no local: R$ 20,00

    INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA

    SPS Comunicação – Valéria Veríssimo

    Valeria.verissimo@spsbr.com.br – (21) 2111 2650
    Páginas de Lucia Helena Corrêa

    http://www.pressclub.com.br/pk/noticia.asp?id=1484&idn=11827&fonte
    http://clubecaiubi.ning.com/profile/LuciaHelenaCorrea

    18635?partnerId=100

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