Gestão Ambiental e o Desenvolvimento Sustentável por Luciana Figueras

A Gestão Ambiental originou do despertar do segmento empresarial/coorporativo para Desenvolvimento Sustentável, quando da identificação da importância do crescimento econômico condicionado a manutenção do meio ambiente e dos seus recursos naturais, focando na garantia do mundo “por vir”.

Com o acelerado aumento da população e a consequente majoração da demanda por recursos naturais, temos um meio ambiente sensível e não resiliente, onde o impacto humano é infinitamente maior que a capacidade de recuperação da natureza.

As mudanças nos padrões de consumo, bem como a eficiência na produção de alimentos são ações necessárias para o Desenvolvimento Sustentável da Sociedade.

Para buscar ferramentas de equilíbrio entre o crescimento econômico/social e um meio ambiente sadio, os Gestores Públicos e Privados ampliaram sua qualificação dentro da área do conhecimento para, assim, entregarem a necessária Gestão Ambiental dentro do Universo no qual estejam inseridos.

Os Gestores Ambientais têm a missão de buscar e entregar práticas e soluções que resultem no equilíbrio do homem com meio ambiente.

O Desenvolvimento humano atrelado com o avanço tecnológico vem aprimorando e tornando factível o tão sonhado equilíbrio entra a produção/consumo e o meio ambiente, ou seja, entre a coexistência salutar do homem com os recursos naturais.

Senão, Vejamos:

O impacto do homem no bioma decorre diretamente entre a busca por recursos finitos e/ou recursos que não possuem tempo hábil de resiliência após serem extraídos do meio ambiente.

O homem, dotado de razão e ciente da necessidade da manutenção do meio ambiente para sua existência, chegou a lógica conclusão que necessita findar e ou reduzir sua busca por recursos naturais, de forma que o recursos capazes de resiliência tenham tempo suficiente de regeneração, bem como os recursos finitos não “sofram” a extinção.

Para tanto, várias ações, em caráter global, vêm sendo adotadas para o alcance das metas para entrega do efetivo equilíbrio entre o homem e o meio ambiente.

Um exemplo real de mudança de padrão de consumo está na proibição do uso de combustíveis fósseis, o que alguns países europeus já determinaram como meta até 2030 (https://observador.pt/2019/10/07/11-paises-europeus-querem-matar-diesel-e-gasolina-em-2030/).

Mesmo com a União Europeia determinando que as emissões de CO2 deveriam ser reduzidas em 40% em 2030, para somente em 2050 serem banidos, em definitivo, as fontes emissoras de dióxido de carbono, países como a Dinamarca decidiram atingir a neutralidade em carbono já para o ano de 2030.

Não menos importante de ser abordado como ferramenta para o Desenvolvimento Sustentável, temos a tão falada Economia Circular que vem sendo adotada por diversos países como melhor prática para viabilização da regeneração dos recursos naturais.

A Equação é Simples:

Em sendo adotada a Economia Circular, todos os resíduos e rejeitos da cadeia produtiva serão obrigatoriamente internalizados na produção como insumos, o que reduz, em muito, a busca por novos recursos naturais no meio ambiente.

A Economia Circular possui finalidades múltiplas diretamente relacionadas com a extensão da vida útil de produtos e materiais na cadeia produtiva.

Deve, basicamente, ser uma ferramenta pensada antes de ser deflagrado o processo produtivo para ser alcançada a plena economia de recursos naturais.

Não ouso afirmar que a Economia Circular veio como resposta teórica e prática para o tão sonhado Desenvolvimento Sustentável Global.

É uma meta audaciosa que vai exigir mudanças estruturais nos padrões de produção em todo o Globo terrestre.

No Brasil a Economia Circular está em franco crescimento e muitas práticas já vem sendo adotadas sem ao menos o empreendedor saber que as tem feito.

A Economia Circular, quando adotada no Brasil, está diretamente associada à prática do reuso e da reciclagem, o que podemos dizer que são apenas etapas do processo, já que a Economia Circular é muito mais ampla.

As mudanças em processos produtivos e padrões de comportamento ambiental só nascem com o despertar da razão humana ou com o famoso “espeto na cadeira”, ou seja, com a dor humana decorrente dos desastres e tragédias ambientais.

Dentro destra premissa, outra ferramenta vem tomando folego na busca pelo Desenvolvimento Sustentável, qual seja:

Compliance Ambiental

O segmento Empresarial Brasileiro vem despertando com mais energia para necessidade de implementar o sistema de Compliance deste o ano de 2013, com o advento da Lei Anticorrupção (Lei 12.846/13).

No segmento do Compliance Ambiental verificamos um crescimento exponencial pela busca Empresarial, por decorrência das tragédias ambientais de Mariana e Brumadinho e no ano Corrente, pela atual tragédia ambiental decorrente do derramamento de Óleo no Nordeste.

As Empresas chegaram à conclusão que é muito mais vantajoso investir no preventivo, já que tragédias ambientais como as acima relacionadas geram consequências devastadoras para o segmento empresarial, na ordem de sanções civis, penais e administrativas.

As Sanções provocam prejuízos de toda sorte, como alto impacto financeiro decorrente de multas ambientais, prejuízos a imagem da empresa e até mesmo o impedimento de operação que pode acarretar a inviabilidade de retomada de todo um Grupo Empresarial.

As Empresas que priorizam fazer a “entrega” do seu produto de forma ordeira, eficiente e conforme o grande e complexo arcabouço de normas e regras ambientais, estão atentas que devem internalizar e adequar este universo normativo para realidade operacional do seu segmento empresarial.

Estas Empresas já vêm como necessária a implementação do Compliance Ambiental que irá nortear projetos, operações, fusões, aquisições, cisões, bem como toda a rotina empresarial, no sentido de evitar Vulnerabilidade do corpo societário e segurança jurídica na entrega do objeto da sua empresa.

Toda a cadeia de ações decorrentes da internalização do sistema de Compliance Ambiental irá viabilizar ao grupo empresarial a devida ciência dos riscos as quais estão expostos para que assim, todo um sistema de garantias seja efetivado na busca de eficiência e segurança operacional da Empresa.

Não menos importante de destacar como ferramenta para o alcance do Desenvolvimento Sustentável, estão as mídias digitais que fazem a Conexão Global dos Agentes Ambientais que buscam alcançar um Meio Ambiente Sustentável.

Nesta linha de ação e buscando debater questões como o Desenvolvimento Sustentável e suas ferramentas, que há pouco mais de 5 meses criei o grupo “Agenda Urbana Brasil – AUB” (https://chat.whatsapp.com/CpN4wWzWuCZGbXV8TrtVIs), que hoje conta com 147 membros completamente comprometidos com o propósito do grupo.

O AUB é um grupo multipropósito que foi presenteado com uma parceria com a respeitada mídia Meio Ambiente Rio.

Graças ao “Meio Ambiente Rio” poderemos mostrar para o Mundo Tudo que passa por nossas “cabeças técnicas” e multidisciplinares!

Vamos que vamos!

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A Advogada e Gestora Luciana Figueras é Especialista em Gestão Executiva em Meio Ambiente pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, está no Mercado Ambiental desde 2010 realizando Gestão Executiva em Meio Ambiente, Gerenciamento e Intermediação de Negócios Sustentáveis, com ênfase em Consultoria à órgãos públicos e entes privados, treinamento e qualificação profissional e corporativa, CEO na Empresa Tomorrow Gestão Executiva em Meio Ambiente. Contatos: (21) 97293-1333 / (61) 99850-1333 / tomorrowgestao@gmail.com