O Google defendeu-se, nesta quinta-feira, das alegações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos de que a empresa violou a lei antitruste do país para construir e manter seu domínio no mercado de buscas na internet. Alegando que as acusações são falhas, a empresa afirmou que o processo deveria ser rejeitado.
A ação, iniciada nos últimos dias do governo Trump, acusa o Google de agir de forma ilegal ao pagar bilhões de dólares todos os anos para fabricantes de smartphones, operadoras de telefonia e produtoras de navegadores da web para definirem os serviços de busca da empresa como padrão aos seus clientes.
O advogado do Google, John Schmidtlein, argumentou que os pagamentos em questão são acordos legais de compartilhamento de receita e não esforços ilegais para excluir concorrentes. Ele respondeu às perguntas do juiz Amit Mehta, que questionou a vantagem competitiva que o Google ganha com esses acordos.
Schmidtlein afirmou que oferecer um produto superior e ganhar negócios com base no mérito não é ilegal e que não há dano ao consumidor na situação em questão. O caso está marcado para julgamento em setembro.
Essa é a mais recente tentativa do Google de encerrar várias ações judiciais caras e demoradas movidas por governos estaduais e federais, visando controlar seu poder de mercado.