À primeira vista, Maria parecia nervosa durante a entrevista de emprego, com as palmas das mãos suadas e manchas de suor visíveis em sua roupa. Mas a verdade é que Maria lida com uma condição médica conhecida como hiperidrose, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Este artigo visa explorar as causas, sintomas e prevalência dessa condição frequentemente incompreendida.
A hiperidrose é uma condição caracterizada pela produção excessiva de suor, mesmo em situações de baixa atividade física ou temperatura amena. Afeta entre 2% e 5% da população global, mas muitos sofrem em silêncio devido ao constrangimento e falta de conhecimento sobre o assunto.
A Dra. Dee Anna Glaser, professora de dermatologia na Universidade de St. Louis e presidente da Sociedade Internacional de Hiperidrose, explica que a hiperidrose pode ser primária ou secundária. A hiperidrose primária é a forma mais comum e se manifesta principalmente nas mãos, pés, axilas e rosto, sem uma causa médica subjacente. Já a hiperidrose secundária pode ser resultado de outras condições médicas, como distúrbios endócrinos, neurológicos ou metabólicos.
Embora a causa exata da hiperidrose primária ainda seja desconhecida, acredita-se que fatores genéticos possam desempenhar um papel significativo. “A hiperidrose tende a ocorrer em famílias, sugerindo um componente genético (1)”, afirma a Dra. Glaser
A vida de quem sofre com a hiperidrose é afetada de diversas formas, desde dificuldades em atividades cotidianas, como escrever ou segurar objetos, até impactos psicossociais, como ansiedade e isolamento social. Neste sentido, é fundamental que as pessoas afetadas busquem ajuda médica e orientação para lidar com essa condição.
A conscientização e o apoio são essenciais para ajudar aqueles que enfrentam a hiperidrose. Com o tratamento adequado e o entendimento por parte da sociedade, milhões de pessoas como Maria podem viver uma vida mais plena e menos limitada pelo suor excessivo.