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18/05/2023 - 15:39

Impactos negativos da tecnologia no meio ambiente e como eles podem ser revertidos

O avanço da tecnologia impressiona e está cada vez mais presente em nossas vidas. E o ritmo acelerado em que a tecnologia avança acende o alerta para diversas questões relacionadas ao impacto ambiental causado, tanto é que a sustentabilidade é a pauta do momento em todo o mundo. 

Ações de marcas são cada vez mais frequentes como, por exemplo, a Epson, que anunciou que irá descontinuar as impressoras a laser nos próximos anos. De acordo com a empresa, em 2026 não será mais possível encontrar impressoras Epson a laser no mercado. 

Quais são os principais impactos negativos da tecnologia no meio ambiente?

Os impactos negativos da tecnologia no meio ambiente estão relacionados a diversos fatores que já existiam no formato analógico. Separamos abaixo os principais, confira abaixo:

Alto consumo de energia e água

O uso de tecnologia geralmente incide no consumo de energia elétrica e água. Uma simples mensagem de WhatsApp ou postagem em redes sociais demanda energia, tanto do seu dispositivo como dos servidores das plataformas que estão conectados constantemente para possibilitar as interações. 

O alto consumo energético é o principal motivo para que a Epson, como já falamos acima, tenha tomado a decisão de descontinuar as impressoras a laser. A impressão a laser utiliza calor para realizar impressões, enquanto as impressoras jato de tinta utilizam energia mecânica, o que diminui o consumo de energia. 

E o alto consumo de energia está atrelado ao consumo excessivo de água, afinal as hidrelétricas (indústrias que geram energia a base de água) ainda são responsáveis por cerca de dois terços da energia gerada no Brasil. Isso gera um grande impacto ambiental, já que todos os dispositivos eletrônicos demandam uma necessidade de eletricidade para funcionar. 

Poluição devido ao descarte e reposição de materiais eletrônicos

A maioria dos dispositivos eletrônicos são produzidos em plásticos e outros materiais que precisam de uma reposição constante. E isso influencia tanto o consumo de novos materiais e o descarte. Do PC ao smartphone, há diversos componentes de plástico que possuem um prazo de validade, tanto que a maioria dos aparelhos acaba tendo de ser substituído após dois ou três anos. 

Além do plástico, componentes a base de mercúrio e chumbo também são nocivos, principalmente quando são descartados indevidamente. Atualmente, o Brasil é o quinto maior produtor de lixo eletrônico e apenas cerca de 3% dos resíduos é reciclado. E isso é um grande problema porque um único aparelho pode ter diversos componentes de grande potencial tóxico que podem contaminar o solo. 

O que tem sido feito para reverter os efeitos nocivos da tecnologia ao meio ambiente?

Ações para diminuir o impacto nocivo da tecnologia tem sido realizada ao redor do mundo. E isso demanda o comprometimento de todos nós que utilizamos as tecnologias, mas principalmente das empresas e organizações sociais responsáveis pela fabricação e desenvolvimento de novas tecnologias. 

Uma das ações frequentes no meio corporativo é o incentivo e a criação de programas para o descarte correto de materiais eletrônicos. Governos e empresas se unem em campanhas de conscientização e em projetos para orientar o descarte correto e o recolhimento dos aparelhos para reciclagem. 

As marcas também se unem em programas de práticas sustentáveis, como o exemplo da Epson. A aposta está em práticas ecológicas, em contrapartida ao uso da tecnologia atual e no desenvolvimento de novas tecnologias que dependam menos de recursos naturais e possibilitem um consumo consciente a longo prazo. 

Além das empresas, as iniciativas da sociedade civil forçam uma mudança no cotidiano das grandes companhias. O impacto negativo da tecnologia ao meio ambiente é extremamente preocupante, por isso pressionar as grandes corporações por mudanças é essencial para a construção de um mundo com uma tecnologia menos nociva e práticas sustentáveis. 

Lucas Widmar Pelisari

Lucas W. Pelisari é escritor, formando em Investigação Forense e Perícia Criminal. Cursa Direito e atua profissionalmente no marketing. Sua especialidade é empreendedorismo e marketing digital.