Inflação: como os aumentos interferem diretamente no prato do brasileiro

A inflação é a maior maneira de prejudicar pessoas de baixa renda dentro de um sistema econômico, e o advento da pandemia causou estragos enormes para diversos países do mundo que estão tentando superar a crise gerada por conta do vírus.

Não é de hoje que essa palavra está cada vez mais presente no dia a dia do brasileiro. Desde os anos 1990 muito se falava em como controlar a inflação e as dificuldades que ela apresentava na vida das pessoas, principalmente as mais pobres.

Quando uma pessoa é encarregada de fazer a gestão de patrimonio familiar, normalmente um valor é definido, mas ele só é utilizado depois de muito tempo. Se esse valor não for investido corretamente, ele corre o risco de perder valor de mercado.

É como quando as pessoas antigamente guardavam dinheiro debaixo do colchão. A quantidade poderia até ser grande, mas a cada dia que passava, ele perdia valor de mercado.

Para exemplificar de forma simples, basta lembrarmos do que era comprado com R$ 100,00 no ano 2000 e o que podemos comprar hoje com o mesmo valor. Poderíamos escolher exatamente o mesmo produto e teríamos uma diferença exorbitante.

A inflação afeta diretamente os mais pobres justamente porque essas pessoas não têm o conhecimento ou a oportunidade de investir o dinheiro que ganham. Isso ocorre justamente a tudo ser calculado à risca sem uma consultoria tributária.

O famoso caso do brasileiro que precisa contar até as moedinhas para pagar tudo no mesmo mês. Quando uma variação contínua da inflação ocorre consistentemente, essas moedinhas deixam de sobrar e passam a faltar.

O principal alvo da inflação são os alimentos básicos que todos precisam consumir para sobreviver. Quando nossa moeda é desvalorizada pelos mais variados motivos, os países importadores compram mais produtos. Um exemplo é a carne.

Os maiores compradores de carne no Brasil são os chineses, que compõem o país mais populoso do mundo, com mais de 1,5 bilhão de habitantes. O real foi desvalorizado e eles compraram muita carne, infelizmente o valor para nós brasileiro tende a subir.

Já que não compensa para quem vende carne oferecer mais barato para o brasileiro, já que os chineses compram. Todo esse processo prejudica as pessoas e afeta diretamente o prato do brasileiro.

Buscando por substitutos 

A forma ideal do brasileiro comum tentar se esquivar da inflação é fazendo compras mais assertivas, ou seja, buscar por produtos que não sofreram tanto com as mudanças. Um caso bem conhecido foi a troca do arroz branco pelo macarrão.

Sem buscar auxílio de nenhuma empresa de consultoria em gestão financeira, o brasileiro comum percebeu que houve um aumento expressivo no arroz branco e no feijão carioca, mas o macarrão tradicional manteve-se no preço padrão.

Então houve a prática do consumo substituto, que é quando as pessoas param de consumir um produto devido ao seu preço exacerbado, e ele passa a sobrar no mercado. Quando o produto sobra, ele desvaloriza, ou seja, o preço cai.

A carne vermelha é um desafio, já que as pessoas de certo modo acreditam que seu consumo deva ser diário e constante, mas enquanto o preço dela está em alta, existe a opção de comprar carne de porco, já que o valor não subiu tanto.

Esse tipo de procedimento é a melhor maneira de lidar com a inflação e consiste basicamente em não pagar o valor excessivo por produtos supervalorizados. É claro que não é o método ideal, mas estamos falando de uma saída positiva para o seu bolso.

Salários não acompanham a inflação

O mercado de trabalho funciona sobre a lei da oferta e demanda. Profissões comuns estão cada vez mais saturadas no mercado, enquanto áreas novas buscam por inovação. Infelizmente a tendência salarial brasileira é baixa devido alguns fatores, como:

  • Leis e direitos trabalhistas pesados;
  • Burocracia elevada em diversos setores;
  • Dificuldade de locomoção e horários flexíveis;
  • Baixa produtividade por inúmeros fatores.

Esses são problemas crônicos presentes no sistema trabalhista brasileiro e que afetam diretamente a rentabilidade de cada pessoa. Muitos acabam fugindo para o trabalho informal e recebem bem menos do que deveriam.

A verdade é que, quando a inflação cresce devido a uma máquina estatal pesada e cara, muitas pessoas acabam sendo prejudicadas por pagar muitos impostos que sequer utilizaram algum dia de suas vidas.

Uma análise de produtos alimentícios realizada pelo IBGE mostrou que, de 159 alimentos, apenas 14 deles tiveram queda no preço nos últimos doze meses.

O brasileiro obteve um aumento salarial de 10% no mesmo período, enquanto os 145 alimentos ficaram 91% mais caros – sendo que 54% (ou 84 itens) tiveram um aumento expressivo de mais de 10%.

Note que, apesar do brasileiro trabalhar muito, o imposto pago é muito superior ao arrecadado. E vale lembrar que esse aumento de salário é consumido diretamente em outros impostos caríssimos, como o imposto de renda e o ICMS (Circulação de Mercadorias e Produtos) em qualquer compra.

Existem países em uma situação pior

O aumento recente da inflação é culpa direta da pandemia que afeta o mundo todo, mas é estritamente comum países mais estatizados terem mais problemas com inflação comparado aos que praticam a liberdade econômica.

Com exceção dos países nórdicos da Europa, como Finlândia, Suíça e Dinamarca, que adotaram uma política de liberdade em meados dos anos 1950 e hoje são compostos por diferentes fundos sociais, países como Argentina, Chile, Colômbia e Venezuela sofrem.

Em termos comparativos, a Argentina atualmente enfrenta uma inflação de 58%, a maior em 30 anos segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). A assessoria contábil para empresas de lá está em situação complicada.

Isso porque, em contrapartida ao que diversos especialistas dizem, a Argentina adotou uma política de congelamento de preços que não costuma dar certo em lugar algum.

O resultado foi a despretensão da venda desses produtos pelos comerciantes, o que desvalorizou a moeda argentina ainda mais, e consequentemente aumentou a inflação, já que outros países compram por preços competitivos.

Isso mostra que a inflação, aliada ao controle de preços, provoca escassez no mercado. Basta você, que pensa em um produto, produz ele da forma que sempre sonhou e o governo obriga você a vendê-lo por ⅓ do preço.

O que você fará? Deixará de produzi-lo. Algo totalmente diferente de uma fabrica de produtos veganos que decide produzir para um público que consome e paga o valor disponível.

Segundo o Instituto Mises Brasil, a tentativa de se fixar os preços em um nível menor do que o determinado pelas livres e desimpedidas forças do mercado resulta em negócios nada lucrativos para alguns produtores.

Os preços continuarão a subir?

Infelizmente sim, a tendência é que os preços permaneçam em alta devido aos inúmeros impostos na China e que afetam diretamente países aliados comerciais, como é o caso do Brasil, que importa muitos produtos. O nome disso é rompimento na cadeia de suprimentos.

Todo esse processo leva tempo até ser resolvido, por isso considere permanecer utilizando a estratégia dos substitutos para atrelar a oferta com a demanda e conseguir aliviar seu bolso ao final do mês.

A culpa não é dos empresários

O empresário é o menor culpado da inflação estar assim. Basta pensar que são eles quem fornecem emprego e pensar na melhoria de produtos e até investem em novidades utilizadas posteriormente pelos governos como um aditivo para pao frances.

A real é que o governo é o maior produtor de inflação, já que a conta dos gastos acaba não fechando, e como oportunidade obrigam o aumento do preço para manter cargos e outras questões.

Basicamente a máquina pública é maior responsável pelo aumento da inflação, e isso poderia ser resolvido agregando mais liberdade econômica às empresas, facilitando o acesso ao crédito e permitindo que as pessoas trabalhem.

Facilitar a abertura de novas empresas e diminuir encargos tributários ajudarão a trazer investimentos para o país, o que consequentemente gera a busca por mão de obra.

Trabalhos sociais podem permanecer sendo feitos com a ajuda de empresa de alimentos saudáveis e benefícios fiscais para quem realizar ações filantrópicas. Por fim, reduzir os altos salários do funcionalismo público e diminuir o número de cadeiras.

Considerações finais 

Apesar da inflação atual ser um problema mundial e o Brasil por ser um país agrícola, conseguir administrar até que consideravelmente o impacto comparado com os países vizinhos, ela também precisa ser administrada de forma responsável.

Quem sofre com isso são os mais pobres, que muitas vezes não conseguem sequer escolher o que comprar. É um problema de difícil solução e de uma necessidade de sacrifício alta para quem tiver na caneta o poder de lidar com ele.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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Formado em Jornalismo e Comunicação Social. Assessor digital pela equipe Guia de Investimento. Meu compromisso é entregar conteúdos de qualidade para diversos setores, entre os principais: Tecnologia, finanças e meio ambiente.