A Lavoro, maior distribuidora de insumos agrícolas do Brasil, planeja mais aquisições no mercado ainda neste ano fiscal, que se encerra em junho. O CEO da empresa, Ruy Cunha, disse à Reuters que esse é um dos caminhos de crescimento necessários para atingir a meta de dobrar os resultados anuais e fechar o ano fiscal com geração de caixa operacional, medida pelo Ebitda ajustado, de 210 milhões de dólares, um salto ante os 106,2 milhões obtidos em 2022.
O executivo lembrou que quatro negócios foram concluídos no primeiro semestre fiscal, e a empresa continua trabalhando para fazer mais aquisições até junho. Cunha acredita que a empresa precisa crescer tanto de maneira orgânica como inorgânica e que parte das aquisições está sendo realizada com recursos levantados pela empresa durante sua oferta pública inicial de ações (IPO), e, em um segundo momento, serão estudadas outras alternativas para levantar capital.
A avaliação é de que as negociações de insumos pelo produtor rural foram mais cautelosas entre janeiro e fevereiro, começaram a avançar mais em março e devem melhorar no decorrer dos próximos meses. “Continuo otimista em relação ao próximo ano-safra. Essa questão do atraso inicial, em algum momento o mercado deve voltar a aquecer… como a gente já vem vendo sinais disso”, afirmou Cunha.
A Lavoro busca seguir com a estratégia de M&A pelos próximos anos, mesmo em um ambiente de taxas de juros elevadas. No mês passado, a concorrente no varejo de insumos AgroGalaxy disse à Reuters que a companhia deve evitar planos de fusões e aquisições neste ano por conta de uma taxa de juros considerada “proibitiva”.
