Mais de 100 toneladas de lixo são retiradas dos manguezais em Gramacho

De janeiro a setembro deste ano foram retiradas 150 toneladas de lixo dos manguezais de Gramacho. A tarefa foi executada por uma equipe de dez funcionários da empresa Statled Brasil, coordenada pelo biólogo Mario Moscatelli, que há 25 anos se dedica a 

Recuperar o ecossistema. 

Moscatelli conta que o mês com maior volume foi o de janeiro com a remoção de 34 toneladas de dejetos. “A efeito de comparação, nos outros meses foram recolhidas cerca de 18 toneladas de lixo. Em janeiro, o volume praticamente dobra em razão das festas de fim de ano e das chuvas de verão”, explica. 

O biólogo chama a atenção que a maior parte do entulho é formada por resíduos domésticos, atirado pela população nos rios Iguaçu e Sarapuí, que desaguam na Baía de Guanabara. Na alta da maré, o lixo transborda para os manguezais.

“A revitalização dos mangues seria muito mais rápida se houvesse consciência ambiental para o descarte correto dos resíduos”, avalia. Até 2023, a expectativa é que sejam recuperados 104 hectares de área de mangues. Esse número poderia ser superior a 160 hectares se a equipe de Moscatelli não precisasse interromper o trabalho para remover o lixo.

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Mario Moscatelli é biólogo, mestre em ecologia, especialista em gestão e recuperação de ecossistemas costeiros. Responsável pela recuperação dos manguezais do canal do Fundão, aterro de Gramacho, Lagoa Rodrigo de Freitas e sistema lagunar de Jacarepaguá.Também é responsável pelo projeto “Olho no Verde”, que monitora uma área de dez mil quilômetros quadrados de Mata Atlântica.