Meio ambiente: setor da cerveja contribui para a neutralidade de carbono

Entre as iniciativas adotadas estão a geração de energia eólica e ações implementadas na produção, distribuição e conscientização da cadeia produtiva

Atualmente, a neutralidade de carbono permeia discussões sobre economia, política, diplomacia e ativismo ambiental e é uma prioridade da indústria da cerveja na busca do equilíbrio entre as emissões e a absorção de carbono por sistemas naturais em conjunto com as metas definidas no Acordo de Paris assinado em 2015.
 

Em apoio a Política Nacional de Mudança do Clima, o setor da cerveja vem contribuindo ao longo de sua história para a agenda de crescimento e desenvolvimento ambiental do Brasil, com a implementação de ações voltadas à preservação dos recursos naturais e transição para energia renovável. O principal objetivo é garantir até 2023 que toda produção seja abastecida com energia limpa, reduzindo a zero a emissão de carbono ao longo da sua cadeia produtiva.
 

“O Brasil é um país rico em recursos renováveis para produção de energia e tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e as associadas do SINDICERV. têm promovido inúmeras inciativas em busca de fontes que resultem em um menor impacto para o meio ambiente”, destaca o gerente jurídico do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja – Sindicerv, Fábio Ferreira.
 

Segundo o executivo, três cervejarias da entidade já são 100% abastecidas com energia renovável e, até 2023, o objetivo é que toda produção seja abastecida com energia limpa, reduzindo a zero a emissão de carbono em todo o processo.
 

Para isso, o setor tem trabalhado na diversificação de energia elétrica por solar, eólica e térmica e na substituição de combustíveis fósseis, como gás natural e óleo BPF, e de energia elétrica não renovável, por eletricidade de fontes renováveis, como biomassa, óleo vegetal e biogás.
 

Na geração de energia eólica, a indústria cervejeira já tem operações, como por exemplo, o funcionamento de um parque no Ceará, com 14 turbinas e a construção de outro em uma área de 1.600 hectares, na Bahia. Juntos devem atingir 202 mil MWh por ano para produção e fornecimento de energia. Apenas com essas iniciativas haverá uma redução de 32 mil toneladas na emissão de CO2 por ano, proporcional a retirada de mais de 50 mil veículos de circulação das ruas do país.
 

Já na distribuição, o intuito é aumentar a frota de caminhões elétricos, dos atuais 220 para 2600 até 2025, como uma alternativa para otimização do consumo de combustível e redução da emissão de carbono. Os veículos serão abastecidos por energia renovável gerada por suas indústrias ou através da compra de energia renovável certificada.
 

Outra medida adotada é a conversão de caminhões a diesel para veículos elétricos, bem como a de empilhadeiras nos centros de distribuição, que deverá ter sua frota abastecida por energia renovável até 2025.

Para consumidores e varejo, a indústria investe na conscientização, incentiva e facilita o uso da tecnologia — medida que pode reduzir em, no mínimo, 10% os custos com energia. Além disso, o setor cervejeiro é parceiro de plataformas que conectam pequenos e médios pontos de venda a geração de energia limpa.
 

“Nos tornamos um agente facilitador para uso de energia limpa e renovável aos envolvidos na nossa cadeia produtiva e para os consumidores. Já temos soluções de sucesso das nossas associadas voltadas até ao uso consciente de energia para a casa dos clientes”, afirma Fábio.
 

Nos pontos de vendas, 100% dos refrigeradores já seguem os padrões globais de eficiência, o que trouxe uma redução de 50% no consumo de energia e emissão de carbono, na ponta. Os equipamentos possuem sensores que identificam os horários de funcionamento dos pontos de venda e acionam o modo stand-by quando não há movimento no estabelecimento, desligando luzes internas e otimizando o sistema de refrigeração.
 

“As ações mencionadas e outras tantas que estão em desenvolvimento e implantação irão contribuir para a redução da emissão de gases de efeito estufa com o objetivo de atingir a meta de neutralidade em toda nossa cadeia de valor até 2040”, finaliza Fábio.

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