Nos campos e nas empresas, treino é treino e jogo é jogo

* Por Luiz Alberto Ferla

Estudar é um ciclo sem fim? Se a meta é dar o seu melhor e ser bem-sucedido naquilo que faz, a resposta é sim. Vale para profissionais de todos os segmentos, incluindo atletas. No esporte, atletas, técnicos e delegações se planejam durante quatro anos para ganhar uma Copa do Mundo em conjunto, mas todos também fazem o próprio dever de casa. Os jogadores buscam aprimorar suas habilidades em campo durante os campeonatos e levam referências para compartilhar com seus colegas de seleção.

Assim como nos campeonatos de futebol ou qualquer outro esporte, a meta é participar de grandes competições e sair vitorioso. E o trabalho continua no dia seguinte, em busca de treinamento, melhores rotinas, desenvolvimento, descoberta de novas habilidades e, por consequência, melhores resultados.

Fazendo um paralelo com a educação corporativa, a premissa é a mesma. Ser produtivo, alcançar metas, entregar projetos ou ascender na carreira são vitórias do dia a dia da organização e do profissional, mas atingi-las não significa que é hora de parar a busca por mais conhecimento, pelo contrário.

Assim como nos gramados, no mundo corporativo ter treino e preparo constantes para lidar com as adversidades ou novos “adversários” é o que fará toda a diferença. Porém, um grande diferencial – que não deveria existir – entre os esportes e as empresas é que os técnicos estão preocupados com o desenvolvimento dos seus atletas e, muitas vezes, não é isso que acontece no mundo corporativo. É comum vermos empresas que acreditam que o aprendizado de seus colaboradores é uma obrigação ou responsabilidade dos funcionários.

Aí é que se enganam. O treinamento corporativo traz inúmeros benefícios para todos os envolvidos. Profissionais bem desenvolvidos e com aptidões atualizadas desempenham suas funções com qualidade, trazendo melhores resultados. Um recente estudo da Talent LMS aponta que 76% dos colaboradores são mais propensos a ficar em uma empresa quando ela oferece processos contínuos de treinamento e desenvolvimento, ou seja, contribui para a redução da rotatividade.

Para isso, o que precisa mudar é a cultura organizacional. Colocar em prática programas de treinamento e desenvolvimento é uma missão árdua, mas com planejamento e a construção cultural da empresa é possível criar projetos capacitadores cada vez mais completos e personalizados. No entanto, isso também demanda flexibilidade, diversidade e a criação de um ambiente em que os profissionais se sintam seguros para colocar em prática tudo o que aprendem no dia a dia.

A educação corporativa e os treinamentos esportivos se assemelham também ao fato de que tudo acontece ao mesmo tempo: treinos, campeonatos, acertos, erros e desenvolvimento pessoal. No DOT, temos o DOT Academy e as “Horas de Sofia” (em referência à palavra grega sophia, que significa sabedoria), um projeto que permite que o colaborador se programe e dedique algumas horas do expediente em aprendizado, como palestras, eventos e leituras, além de ter uma verba disponível específica para esse fim. Com a tecnologia, o profissional pode até utilizar o WhatsApp para fazer cursos rápidos e de qualidade.

Jogar e ganhar é tão importante quanto treinar, desenvolver e entregar. Nos paralelos da vida, treino sempre será treino e jogo sempre será jogo.


* Luiz Alberto Ferla é fundador e CEO do DOT Digital Group, edtech líder nacional no mercado de educação corporativa digital.

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