No dia 10 de março, as autoridades norte-americanas anunciaram o encerramento das atividades do Silicon Valley Bank (SVB), um dos principais financiadores de startups do mundo, gerando preocupações sobre as possíveis consequências da falência para as empresas brasileiras, incluindo a fintech Nubank.
Estima-se que a falência do banco possa ter afetado até US$ 3 bilhões de empresas brasileiras. No entanto, em comunicado oficial, o Nubank esclareceu que nem a empresa e nenhuma de suas subsidiárias possuem qualquer exposição ao Silicon Valley Bank, contrariando informações equivocadas que circularam nas redes sociais e em grupos de WhatsApp.
Embora o Nubank não tenha sido afetado pela falência do SVB, outras startups brasileiras podem ter sofrido impactos financeiros. De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, cerca de US$ 3 bilhões de startups brasileiras estavam depositados no banco americano. As empresas começaram a se movimentar para tentarem retirar o dinheiro do SVB desde a quinta-feira anterior ao anúncio oficial da falência.
O Silicon Valley Bank enfrentou dificuldades financeiras devido ao aumento dos juros nos Estados Unidos, o que levou seus clientes a retirarem dinheiro do banco mais rapidamente do que o esperado pela instituição. Além disso, novos investimentos na instituição foram reduzidos ao longo dos últimos meses, o que levou o banco a anunciar a venda de US$ 2,25 bilhões em novas ações. Essa medida incentivou os clientes a retirarem ainda mais recursos, o que resultou em uma perda de quase US$ 10 bilhões em patrimônio e na falência da instituição financeira.
O mercado financeiro continua monitorando a situação e os desdobramentos da crise no SVB. No Brasil, as BDRs (Brazilian Depositary Receipts) do Nubank fecharam o pregão de sexta-feira em queda de 4,23%, ao preço de R$ 3,85. Os investidores seguem atentos aos impactos da crise do Silicon Valley Bank nas empresas brasileiras e no mercado como um todo.
