O novo ciclo da água explica tanta chuva e enchentes

ERNANI SARTORI

Cientista

Sobre as intensas chuvas que têm caído em diversos Estados brasileiros e em diversos países do mundo e provocado imensas enchentes com enormes prejuízos, a turma do aquecimento global (AG) obviamente atribui tudo ao tal AG. Mas, vamos verificar se há fundamentos físicos no que dizem.   

Essa turma tenta justificar as enchentes usando o seu principal conceito (depois do CO2) que diz que “o ar mais aquecido aumenta a evaporação e, como o vapor d’água é o gás de maior efeito estufa, este aumenta a temperatura do ar e essa aumenta ainda mais a evaporação e essa aumenta o aquecimento global e assim por diante, um ciclo de realimentação”, o famoso feedback.   

Porém, como demonstrado por diversas maneiras no livro “Muitas Absurdas Insanidades da Ciência do Aquecimento Global e o Novo Ciclo da Água” e em artigos científicos em revistas internacionais, todos deste autor, há um “pequeno” detalhe nesse conceito: a maior temperatura do ar DIMINUI a evaporação! Então, como a premissa dessa turma é errada, todas as suas conclusões são erradas e todo esse grande conceito e o próprio AG foram pro brejo!

Da mesma forma, essa turma também atribui todas as questões climáticas a um suposto aumento de temperatura global e diz que o AG causa fenômenos de todo o tipo cada vez mais intensos e mais frequentes. Mas, cada fenômeno tem suas próprias causas físicas e a turma não conhece os princípios físicos que estão por trás de cada fenômeno. É ridículo tanto absurdo que desautoriza essa “ciência” para comandar os destinos da humanidade. Mas, conta com o pesado e irrestrito apoio da grande imprensa, a qual, inclusive, faz mais censura do que a censura da ditadura e, assim, não dá liberdade de expressão, isso que tanto alvoroço ela faz, mas somente a seu favor. A liberdade de expressão dos outros não interessa para a grande imprensa.    

Intensas precipitações podem ser geradas por correntes de ar úmidas provenientes de outros lugares e causadas por diferenças de temperaturas e não de uma temperatura global. E o Novo Ciclo da Água descoberto por este autor explica porque há mais água subindo e mais água descendo.  

Tal “ciência” por ser totalmente empírica e ter um background teórico extremamente limitado e fraco e ter erroneamente focado e concentrado todos seus esforços no CO2, jamais descobriria o Novo Ciclo da Água e outras questões do funcionamento atmosférico e do planeta. Até hoje, toda a literatura e ensino do mundo todo diz que a evaporação é o único agente formador de nuvens e chuvas. Então, equacionando isso temos o ciclo hidrológico natural como se tornou entendido 

Precipitação = Evaporação                                                            (1)

ou seja, aqui a evaporação é a única fonte de água para a formação de nuvens e precipitações. Esta igualdade sempre foi entendida como tal, mas até onde este autor sabe, nunca foi escrita. Mas, o Novo Ciclo da Água mostra que não é mais assim.  

E basta verificarmos a física do planeta para logo encontramos um erro básico nessa afirmação. A sublimação (passagem da água do estado sólido diretamente em vapor) das geleiras não foi incluída. Esse acréscimo de vapor na atmosfera não é desprezível e deveria, pelo menos, ter sido incluído nas considerações teóricas, mas nunca foi. Assim, a equação (1) deve ficar como

Precipitação = Evaporação + Sublimação                                       (2)

Mas, o Novo Ciclo da Água não se refere a esta correção.                

Apesar do conhecimento do ciclo natural da água existir há tanto e ter sido intensamente estudado, repetido, citado e ter sido plenamente estabelecido e considerado absoluto e imutável, até agora esse ciclo não havia jamais sido colocado em forma de equação. Foi Sartori (2012) quem primeiro o equacionou matematicamente e, assim, trouxe maiores entendimentos e esclarecimentos sobre o mesmo e sua relação com a atmosfera e com a superfície bem como com o clima e com interferências por atividades humanas. Isto também está demonstrado no livro e, neste artigo, será visto simplificadamente.   

Quando o ambiente se torna poluído por ação humana, como em rios ou nas grandes cidades, as pessoas logo compreendem que pessoas ou atividades humanas interferem no ambiente, mas quando se trata de clima isto não se torna visível e imediatamente compreensível e daí muitas pessoas consideram que o ser humano não tem poder para causar mudanças climáticas. Além disso, a “ciência” do AG não consegue entender e explicar as questões climáticas de forma adequada, correta, clara, científica e convincente e se dedica a fazer “previsões” e alarmismos não palpáveis e para datas muito distantes. E no que tenta explicar teoricamente comete muitos absurdos. Todavia, as análises a partir dos verdadeiros princípios físicos esclarecem muito sobre a capacidade humana de interferir nos ciclos naturais e, assim, no clima. Ou seja, o ser humano pode sim interferir no clima, mas não do jeito que essa “ciência” nos tem dito e imposto até hoje.

Nos respectivos artigos de Sartori e no livro, vários raciocínios lógicos e óbvios deixam claro como certas atividades humanas podem sim interferir e modificar o clima, como, por exemplo, se eu jogar uma gota de água para cima, uma gota de água voltará. Então, a equação (2) precisa ser modificada para:

Precipitação = Evaporação + Sublimação + Uma gota                          (3)

ou seja, fica claro que certas atividades humanas podem sim interferir e modificar os ciclos naturais e, assim, o clima.  

Claro que uma gota não muda nada, mas tem havido mais nuvens e mais chuvas (o século XX e quase todo o planeta ficaram mais úmidos). Só para dar um exemplo, uma termoelétrica de 600 MW joga para o ar mais de 50 milhões de litros de água/dia, cujo número nos mostra também que esta é apenas uma parte da água que ela retira dos mananciais e os secam. Imaginem quanta água todas essas usinas jogam para o ar ao redor do mundo a todo instante. E uma usina nuclear joga cerca de 70 % mais água do que uma termelétrica. Some-se a isso o tanto de água que jogam pra cima as bilhões de indústrias, veículos, irrigações, queimadas, incêndios etc, ao redor do planeta. Toda essa água volta em quantidades, espaços e tempos irregulares.  É lógico que o ciclo natural da água não é mais o mesmo, pelo menos em muitas partes do mundo urbanizadas e industrializadas. E nuvens não são fornadas apenas por água, mas também por partículas e calor, exatamente os três ingredientes que certas atividades humanas lançam para o ar o tempo todo, Isto tudo precisava ser identificado e esclarecido, o que a ciência do AG e a hidrologia não conseguiram fazer.