O papel da energia renovável na agronomia sustentável

O papel da energia renovável na agronomia sustentável é um tópico muito atual nas conversas do setor. Afinal, os séculos de queima de combustíveis fósseis e emissões de gases poluentes cobraram o seu preço, modificando o meio ambiente, alterando o clima e comprometendo a biodiversidade.

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A agricultura, como um setor estratégico da economia, tem uma atuação relevante na expansão das energias limpas e renováveis, chamadas de “energias do futuro”.

Além disso, a adoção de práticas energéticas mais sustentáveis beneficia toda estrutura produtiva, do plantio, passando pelo armazenamento até o transporte da produção.

Isso porque além de gerar energia elétrica, as fontes renováveis fazem parte do processo de produção de biocombustíveis utilizados nas colheitadeiras, nos geradores, equipamentos de irrigação e outros. 

Por isso, é essencial que os engenheiros se atualizem sobre as demandas que podem diminuir o impacto das atividades agrícolas e busquem alternativas sustentáveis para modernizar as produções.

Neste artigo, abordamos a importância da energia renovável na agronomia e listamos ações que podem ser executadas para criar uma estrutura produtiva mais eficiente, com menos consumo e mais resultados. Continue a leitura e confira!

Qual a importância da energia renovável na agronomia sustentável?

O uso de energia limpa na agronomia sustentável é importante porque permite a otimização da cadeia produtiva, a redução de desperdícios e custos operacionais e o retorno positivo dos investimentos, potencializando o desempenho de cada parte da infraestrutura.

As energias renováveis que ganham cada vez mais destaque no agronegócio são o biometano e o biogás, principalmente porque as atividades do próprio setor geram os substratos necessários para a geração. 

A evolução da tecnologia e a ampliação do conhecimento técnico sobre os métodos de geração também possibilitaram o crescimento do número de usinas de biocombustíveis no país e o aumento do volume de geração.

Outra fonte útil no agronegócio é a energia solar, que auxilia no suprimento das demandas de consumo por meio do autoconsumo com a implantação de fazendas solares. 

Uma das iniciativas inovadoras é a criação de plantações híbridas nas quais a produção divide espaço com painéis solares. A projeção é que o mercado agrovoltaico valerá US$ 9,3 bilhões até 2031, crescendo a uma taxa anual (CAGR) de 10,1% a partir de 2022.

Os dados fazem parte da nota de investigação da consultoria Allied Market Research, que ainda reforça que as soluções agrovoltaicas podem minimizar as barreiras à segurança alimentar e à transição para energias limpas.

Por isso, o conhecimento das empresas sobre as energias renováveis é fundamental para que o mercado caminhe para a criação de negócios mais sustentáveis.

Os tomadores de decisão podem buscar a assessoria de profissionais e consultorias especializadas em gestão de energia para analisar as possibilidades mais viáveis de incluir a energia renovável nas operações.

As empresas do agronegócio atentas à importância dos padrões ESG, podem ganhar ainda mais espaço no setor, sendo pioneiras em iniciativas de sustentabilidade que beneficiem a sua atividade e a comunidade local.

5 ações para incluir a energia renovável na agronomia

O relatório ‘Rota Estratégica – Nova Economia 2030’, elaborado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), destaca o setor agropecuário como um contribuidor direto para a consolidação de uma matriz energética limpa no país.

O documento avalia oito dimensões temáticas, entre elas ‘Energias Renováveis’, listando propostas de ações em curto, médio e longo prazo que favorecem a existência sustentável dos negócios.

Reunimos abaixo, algumas das propostas listadas no relatório e outras iniciativas para incluir a energia limpa e produtos gerados com o auxílio dessas fontes nas atividades agrícolas. Confira!

1. Consolidar o consumo de biocombustíveis

Entre as colaborações em curto prazo da agronomia sustentável, está a consolidação do consumo de biocombustíveis (ex: hidrogênio verde e biodiesel) no Brasil, área que o país já é referência, contribuindo com as metas de descarbonização da economia.

Como destacamos acima, os resíduos orgânicos da agricultura que antes eram descartados, hoje, contribuem para a geração de biocombustíveis. O relatório da ABDI enfatiza que o setor do agronegócio pode colaborar, direcionando seus insumos às usinas.

2. Estimular o desenvolvimento de biorrefinarias 

Outra ação voltada para o desenvolvimento sustentável do setor é a implementação de biorrefinarias. Além de gerarem biocombustíveis, essas instalações produzem bioprodutos, como fertilizantes

Dessa forma, é possível reduzir os gastos com combustível, trocando os convencionais pelos renováveis, assim como usar biofertilizantes, que preservam as áreas de cultivos e não poluem os mananciais de água.

3. Promover a renovação das frotas de veículos

Pegando carona nos biocombustíveis, a renovação da frota por veículos híbridos e de emissão zero é outra iniciativa que o relatório ABDI aponta que pode contribuir com o controle das emissões de gases estufa das cadeias de produção agrícolas.

Os veículos híbridos com motores elétricos e a combustão causam muito menos impacto que os convencionais. Porém, os híbridos movidos a biocombustíveis alcançam resultados ainda melhores.

Por isso, iniciativas de setores fortes da economia, como o agronegócio, podem ajudar bastante com a disseminação da sustentabilidade na indústria. Conhecendo as possibilidades, é possível planejar as mudanças, promovendo impactos significativos no presente e no futuro. 

4. Apoiar a cadeia de hidrogênio verde

O hidrogênio verde é uma das grandes apostas de combustíveis limpos do futuro tanto por ser uma fonte com emissão zero de CO2 quanto por ser produzido com o auxílio da energia gerada por outras fontes renováveis.

O Brasil é considerado um potencial grande colaborador mundial na produção do gás, principalmente devido à abundância de fontes renováveis de energia, como a solar, a eólica e a biomassa. 

O apoio do agronegócio pode auxiliar o desenvolvimento desse mercado no país, revertendo benefícios para a própria produção e contribuindo com a descarbonização da economia.

5. Migrar de mercado energético

A migração de mercado energético é outra forma de as empresas praticarem uma agronomia sustentável. Indo para o Mercado Livre de Energia, é possível criar uma rede apenas com fornecedores de energia limpa.

Essa iniciativa garante não só a economia nos gastos com energia elétrica (o potencial de redução é de até 35%), mas também o estímulo às empresas geradoras, que podem ampliar sua geração conforme a demanda por fontes renováveis aumenta.

O agronegócio é um setor capaz de gerar mudanças significativas para o país e a economia local, como vimos ao longo do artigo. 

Valorizando o papel da energia renovável na agronomia sustentável, desde pequenos até grandes produtores podem participar da criação de um modelo de desenvolvimento mais eficiente e próspero, uma herança positiva para as gerações futuras.

Este artigo foi escrito pela Esfera Energia, empresa referência nacional em oferecer a melhor energia para as indústrias, por meio do Mercado Livre, garantindo economia com simplicidade.

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Nathani Paiva, jornalista formada pela Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora (MG). Possui especialização em Jornalismo Multiplataforna pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Trabalhou em portais de notícias da cidade nas editorias de Cidade, Economia, Esporte, Política e Internet. Também possui vasta experiência em Assessoria de imprensa e Digital PR. Atualmente, é Assessora de Imprensa da Experta, empresa de Marketing Digital e SEO.