O que é madeira de reflorestamento?

Entenda como o material é fabricado e porque é mais sustentável. Certificação é uma forma de garantir a origem.

O desmatamento ilegal é uma das grandes causas da degradação das florestas e precisa ser combatido. Leis e fiscalização são peças-chave nesse processo, mas, nós, como consumidores, também podemos fazer a nossa parte. Como? Fazendo escolhas mais sustentáveis, como preferir madeira de reflorestamento, por exemplo.

Com o avanço das mudanças climáticas, o mercado está atento a essa necessidade e também ao fato de que, cada vez mais, essa será uma exigência de quem compra. Mas você sabe o que significa, na prática, quando vai comprar um móvel e prefere um sofá de madeira de reflorestamento?

Reflorestar é uma forma de restaurar áreas degradadas, plantando árvores em áreas de floresta que foram desmatadas no passado. Isso costuma ser feito com dois objetivos principais: cultivar floresta nativa, com fins ecológicos, ou plantar para usar a madeira depois, com fins comerciais.

A madeira de reflorestamento é obtida para esse segundo objetivo. Quem faz isso costuma plantar espécies que crescem mais rápido e possuem características que são benéficas para o produto final, como durabilidade e resistência. 

No Brasil, algumas das espécies mais cultivadas com esse fim são: eucalipto, peroba, macaúba, ipê, aroeira e pinus. Pode ser que você já tenha visto esses nomes ao comprar algum objeto desse material. Essa informação costuma estar disponível e, se não está, deveria.

Por que eu devo me importar com isso?

O desmatamento é um problema, mas a madeira que não vem dele causa pouco impacto ambiental, menor que o de outros materiais brutos, como o ferro. Isso sem falar no fato de que esse é um recurso renovável, pois novas árvores podem ser plantadas quando essas forem derrubadas.

Para além disso, os benefícios ambientais são vários, passando pela diminuição do desmatamento ilegal, recuperação de solos improdutivos e menor emissão de gás carbônico, um dos principais causadores do efeito estufa. Se você busca fazer escolhas mais sustentáveis, deve pensar em tudo isso.

Outra vantagem é que algumas espécies já possuem qualidades boas para o produto final (como resistência e durabilidade) e a maioria ainda recebe um tratamento industrial, que prolonga essas características. Assim, ao preferir móveis de madeira reflorestada, você também estará comprando mais qualidade.

Como funciona a certificação?

Não basta dizer que uma madeira tem origem legal, é preciso provar. Uma das formas que você, como consumidor final, tem para saber se uma madeira é mesmo de reflorestamento é a certificação. 

Existe uma lei que regulamenta esse mercado e, quem está de acordo com ela, consegue vender produtos com Certificação Florestal, um documento que prova que aquela madeira vem de área de reflorestamento.

Essa certificação está atrelada a um sistema que faz o rastreamento da árvore, de seu plantio até o produto final. Ele garante não só que a árvore foi plantada com esse objetivo, mas também que aquela floresta foi manejada obedecendo a critérios que reduzem o impacto ambiental, mas também social e econômico.

Um dos sistemas mais consolidados do mundo é o Forest Stewardship Council (FSC), aceito em vários países, inclusive no Brasil, e baseado em critérios rígidos e bem estabelecidos. Em São Paulo, o próprio governo do estado emite um selo que garante que a madeira é legal.

Com base na certificação, toda a cadeia produtiva pode tomar decisões mais sustentáveis. Você, o consumidor final de algum móvel ou objeto feito de madeira, pode pedir essa prova, mas não só. Um lojista responsável também só deveria comprar produtos com certificação, garantindo que seu comércio se preocupa com isso.

Da mesma forma, um marceneiro ou qualquer pessoa que compre a madeira bruta, também deve estar atento a isso. Lembrando que a garantia pode ser repassada ao produto final usado para agregar valor a ele. Muitos consumidores estão dispostos a pagar um pouco mais para gerar menos impacto para o planeta.

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Heloisa Rocha Aguieiras 55 anos – formada em Jornalismo pela UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora – MG Pauteira da Ag Experta Media Fui repórter dos impressos: Jornal Comércio da Franca (Franca-SP) Jornal do Sudoeste (São Sebastião do Paraíso -MG) Fui assessora de Comunicação na Ag A Expressão 5 (SP) Atuo como revisora Faço locução Portfólio: https://heloaguieiras.com/