ONU estabelece Décadas dos Oceanos para estudar sobre os mares

Estima-se que existam cerca de  2 milhões de espécies marinhas populando os oceanos. Nós conhecemos em torno de 230 mil, o que corresponde a 11,5% do total. 

O conhecimento que já se pode acumular a respeito dos mares e oceanos é ínfimo em relação à grandiosidade desses ecossistemas e foi pensando nisso que a ONU instaurou a Década dos Oceanos.

O que é a Década dos Oceanos, da ONU?

A Década dos Oceanos é uma iniciativa global liderada pela Organização das Nações Unidas (ONU) que tem como objetivo promover a sustentabilidade dos oceanos e das áreas costeiras. Essa campanha foi lançada em 2021 e será executada até 2030.

O objetivo principal é garantir que os oceanos, que cobrem mais de 70% da superfície terrestre, sejam gerenciados de forma sustentável para o benefício de todas as formas de vida que dependem deles, incluindo os seres humanos. 

Um aspecto importante dessa campanha é a criação de medidas de conservação de longo prazo, que incluem o monitoramento e o combate à poluição marinha, a criação de áreas marinhas protegidas, o controle da pesca ilegal e o estímulo à economia azul.

Além disso, é essencial que haja uma integração entre as políticas de conservação dos oceanos e as políticas de desenvolvimento econômico, incluindo o cadastro ambiental rural

Essa ferramenta é uma obrigação legal para todos os proprietários rurais brasileiros, e ajuda a garantir a preservação de ecossistemas costeiros, como manguezais e áreas de restinga, que desempenham um papel crucial na conservação da biodiversidade marinha.

Precariedade de informações

Apesar de cobrir a maior parte da superfície da Terra, os oceanos ainda são um dos ambientes menos explorados do nosso planeta. De fato, sabemos mais sobre o espaço e os planetas que nunca pisamos do que sobre o fundo do mar. 

Isso se deve em parte às dificuldades logísticas e tecnológicas de acessar as profundezas oceânicas, bem como às limitações do conhecimento humano.

Uma das razões para isso é que a tecnologia necessária para explorar as profundezas oceânicas é bastante cara e complexa, o que dificulta os avanços científicos de muitos países. 

As condições extremas do ambiente oceânico, como a pressão elevada e a falta de luz solar, também criam desafios adicionais para a coleta de dados.

No entanto, isso está mudando, graças aos avanços na tecnologia de exploração oceânica, como um teste de estanqueidade de equipamentos submarinos e robóticos que permitem a coleta de dados a grandes profundidades. 

Como essa medida ajuda o meio acadêmico?

A Década dos Oceanos, em parceria com o Instituto Oceanográfico (IO) e o Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, traz uma oportunidade única para fomentar os estudos sobre os oceanos. 

A campanha envolverá uma série de projetos de pesquisa, tanto em ciências naturais quanto em ciências sociais, para gerar novos conhecimentos sobre os oceanos. 

Esses estudos servirão para desenvolver estratégias eficazes de conservação e gerenciamento dos recursos oceânicos, a fim de garantir a sua sustentabilidade.

Através de programas de educação ambiental, as pessoas podem aprender sobre os impactos das atividades humanas nos oceanos e como as suas ações individuais podem contribuir para a preservação desse ambiente.

Entenda mais sobre os oceanos

Se você se interessou pela iniciativa da ONU e também quer entender mais sobre a vida marinha, nós reunimos algumas informações importantes sobre eles. Os cinco oceanos que cobrem o planeta são:

  • Atlântico;
  • Pacífico;
  • Índigo;
  • Glacial Antártico;
  • Glacial Ártico.

Conheça um pouco sobre cada um deles.

Oceano Atlântico

O Oceano Atlântico é o segundo maior oceano do mundo, localizado entre as Américas (a oeste) e a Europa e África (a leste). 

Ele se estende por uma área de aproximadamente 106,4 milhões de quilômetros quadrados e é conhecido por ter algumas das correntes oceânicas mais fortes do planeta.

Uma característica importante do Oceano Atlântico é a presença do Sistema da Corrente do Golfo, que influencia o clima em toda a região costeira do Atlântico Norte e ajuda a regular a temperatura da água no Atlântico, beneficiando a vida marinha.

O Oceano Atlântico é lar de uma grande variedade de espécies marinhas, incluindo baleias-jubarte, golfinhos, tubarões, tartarugas marinhas, lagostas e muitos outros peixes e invertebrados. 

Infelizmente, o oceano também é alvo de diversos tipos de poluição, incluindo o descarte de esgoto e resíduos industriais, o que tem impactado negativamente a qualidade da água e a saúde dos ecossistemas marinhos.

Para combater essa poluição, é necessário implementar um sistema de tratamento de água mais eficiente e incentivar práticas sustentáveis em todas as atividades humanas relacionadas ao mar. 

É importante lembrar que a saúde do Oceano Atlântico é fundamental para a manutenção da vida em todo o planeta.

Oceano Pacífico

O Oceano Pacífico é o maior oceano do mundo, cobrindo mais de um terço da superfície terrestre e se estendendo por uma área de aproximadamente 165,2 milhões de quilômetros quadrados. Ele é cercado pela América do Norte e do Sul, pela Ásia e pela Austrália.

Lá se encontra a Bacia do Pacífico, uma vasta e profunda depressão que cobre uma grande parte do fundo do oceano. Essa bacia é o lar de diversas espécies marinhas e tem um papel fundamental na regulagem do clima global.

O Oceano Pacífico também é conhecido por ser o lar de muitas das espécies marinhas mais icônicas do mundo, como o atum, o salmão, o tubarão-branco e as baleias, além de abrigar recifes de coral e uma grande variedade de invertebrados marinhos.

Em termos de poluição, o Oceano Pacífico tem enfrentado desafios semelhantes aos demais oceanos, incluindo o descarte inadequado de lixo e a poluição industrial. 

Para combater esses problemas, diversas iniciativas têm sido implementadas, como a gravação a laser em metal para marcação de produtos e equipamentos que são usados em atividades que afetam o oceano. 

Essa técnica permite rastrear a origem desses produtos e identificar as empresas responsáveis pelo seu descarte.

Oceano Índico

O Oceano Índico é o terceiro maior oceano do mundo, com uma área de cerca de 70,5 milhões de km². Ele é limitado pela África, Ásia, Austrália e a Antártida.

É caracterizado por uma grande diversidade de ecossistemas marinhos, que incluem recifes de coral, manguezais, pradarias marinhas e estuários, e tubarões, tartarugas marinhas, baleias, golfinhos e dugongos habitam as suas águas.

Para apreciar as belezas desse oceano, muitas pessoas se mudam para a região costeira, e em construções assim é preciso ter um bom projeto de aterramento para garantir que não haja nenhum problema com a sua rede elétrica devido à umidade do ar.

Oceano Glacial Antártico

O Oceano Glacial Antártico é o menor dos cinco oceanos, localizado na região da Antártica e cercado por geleiras e icebergs, com temperaturas que variam de -2°C a -3°C, o que o torna o oceano mais frio da Terra.

É tão frio que até uma câmara fria para cerveja preço pareceria um ambiente quente e aconchegante em comparação com o oceano. 

Brincadeiras à parte, o Oceano Glacial Antártico é uma região importante para o estudo do clima global e da dinâmica dos oceanos, além de abrigar espécies marinhas únicas e pouco conhecidas, ameaçadas pela pesca ilegal.

Oceano Glacial Ártico

O Oceano Glacial Ártico fica localizado no hemisfério norte, ao redor do Pólo Norte. Ele é cercado por terra em três lados: América do Norte, Europa e Ásia, e se estende por uma área aproximada de 14 milhões de km².

O Glacial Ártico é coberto por uma camada de gelo que pode atingir até 4 metros de espessura, que se derrete em grande parte no verão, permitindo a passagem de navios e a exploração de recursos naturais como petróleo e gás.

As águas geladas e profundas são o lar de uma grande variedade de espécies marinhas, como as baleias beluga, focas, leões-marinhos, morsas, peixes árticos, polvos e caranguejos. 

Uma das espécies mais icônicas da região é o urso polar, um predador que depende do oceano para caçar suas presas e sobreviver. 

No entanto, a fauna do Oceano Glacial Ártico também enfrenta desafios decorrentes das mudanças climáticas e da exploração humana da região.

A importância do conhecimento

Os estudos sobre os oceanos são de extrema importância, pois eles desempenham um papel vital na manutenção da vida no planeta. 

Os oceanos são responsáveis pela produção de grande parte do oxigênio que respiramos e são fundamentais para o equilíbrio do clima global.

Além disso, os oceanos são fonte de alimento para bilhões de pessoas em todo o mundo e abrigam uma enorme variedade de espécies marinhas que são utilizadas para fins medicinais, industriais e comerciais.

As pesquisas sobre os oceanos também podem ajudar a identificar e mitigar os impactos das atividades humanas, como a poluição e a pesca excessiva, que ameaçam a saúde dos ecossistemas marinhos e a sobrevivência de espécies marinhas.

Por exemplo, estudos recentes têm mostrado que o descarte inadequado de resíduos plásticos nos oceanos está causando um enorme impacto na fauna marinha, afetando tanto animais quanto plantas. 

Esse tipo de pesquisa pode ajudar a desenvolver estratégias para reduzir o uso de plásticos e encontrar soluções para o descarte adequado de resíduos.

Além disso, a pesquisa pode ajudar a identificar novas espécies marinhas e entender melhor a sua biologia e comportamento, o que pode contribuir para a conservação dessas espécies e seus habitats.

Para realizar esses estudos, os pesquisadores utilizam uma variedade de técnicas e equipamentos, incluindo desde redes de arrasto até um tubo de alumínio para ar comprimido, que permite a coleta de amostras de água e de organismos marinhos para análise em laboratório.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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Formado em Jornalismo e Comunicação Social. Assessor digital pela equipe Guia de Investimento. Meu compromisso é entregar conteúdos de qualidade para diversos setores, entre os principais: Tecnologia, finanças e meio ambiente.