Ao contrário da Praia do Forte, em Cabo Frio, onde pela primeira vez não teve fogos na passagem de ano, milhares de pessoas acompanharam a queima de fogos sem estampido no réveillon na orla da Praia do Peró. Foram sete minutos do espetáculo que aconteceu pela terceira vez, com direito a show não somente para os hóspedes do Hotel Paradiso Peró, como também para o público que começou o ano na praia pioneira do interior fluminense em conquistar a Bandeira Azul.

O Gerente do Paradiso, Márcio Nascimento, explicou que a queima de fogos feita pelo hotel obedece a lei municipal que proíbe fogos sem estampido. Além de assistir ao foguetório, o público pôde acompanhar através de um telão os shows que aconteceram no interior do hotel. Na passagem de ano, contudo, os músicos saíram para a frente do Paradiso e houve interação dos hóspedes com o público:

– Acredito que o sucesso do réveillon do ano passado, quando pela primeira vez já usamos fogos sem estampido, explica a grande procura que a orla do Peró teve nesta passagem de ano. O público dobrou, foi um sucesso. Só ficamos tristes com o pisoteio das ipomeas (plantas fixadoras de restinga) no pomar da areia em frente ao hotel. Vamos fazer uma campanha e tomar medidas para que isso não volte a ocorrer no próximo réveillon.

Segundo Nascimento, as 60 unidades do hotel foram ocupadas e havia uma fila de 27 famílias à espera de vagas para passar o réveillon hospedadas no Peró. Nas redes sociais, inclusive dos Amigos do Peró, muitos elogios à iniciativa do hotel.

– Acredito que a beleza natural da praia, os eventos que promovemos, a gastronomia, a queima de fogos e o réveillon família, sem incidentes, seja a origem da procura pelo Peró. Nosso interesse é ampliar esta integração entre o privado e o público, numa interação saudável entre o hotel e o público – acrescentou, lembrando que a Prefeitura colaborou com banheiros químicos e uma ambulância.

A Secretaria do Meio Ambiente informou que fará um trabalho de recuperação das ipomeas e também uma campanha para evitar o pisoteio das plantas. Se comprometeu também a restaurar a mureta que caiu durante um choque acidental de um carro da polícia.

Na área urbana do Peró, foram registrados problemas de trânsito na Praça e na Rua do Moinho, resultado da ocupação irregular de espaços públicos e de estacionamentos irregulares. A confusão no trânsito acabou impactando a coleta de lixo e o transporte público devido à dificuldade de tráfego de veículos pesados. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) feito entre o Ministério Público e a Prefeitura para a Praça do Moinho e entorno não foi cumprido pelo município.

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