Poluição do ar causa 10 milhões de mortes ao ano

A poluição é responsável por quase 10 milhões de mortes por ano. Um levantamento feito pela ONG Pure Earth aponta que todos os anos a contaminação do ar mata milhões de pessoas. A queima de combustível fóssil, além de agroquímicos e metais pesados, é responsável por grande parte do problema.

Muitas pessoas acabam desenvolvendo quadros de inflamações, como a bronquite ou a rinite, ou até doenças mais graves, como a pneumonia e o câncer de pulmão. Os dados chocam e demonstram como é importante que sejam estabelecidas medidas para conter a poluição do ar.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam para as mortes prematuras causadas pela poluição do ar. Dentre elas, quase 40% seriam causadas por isquemias cardíacas e AVCs, quase 20% causadas por doenças pulmonares obstrutivas crônicas, pouco mais de 20% causadas por infecções respiratórias agudas e pouco mais de 10% devido ao câncer nas vias respiratórias.

A OMS recomenda não andar por vias movimentadas nos horários de pico e fazer exercícios ao ar livre em lugares menos poluídos. Também sugere evitar o uso do carro em dias de muita circulação, bem como passear em áreas com grande circulação de carros.

De acordo com o estudo da ONG Pure Earth, os líderes do ranking estão no continente africano. São lugares até perigosos de se viver, por conta da poluição do ar e suas consequências. Países como Chade, República Centro-Africana e Níger aparecem na frente da lista dos piores.

Dentre as capitais mundiais, Bangkok, na China, e Cidade do México, no México, aparecem como as com pior qualidade do ar. A poluição do ar preocupa muitos governantes, mas, ainda assim, é preciso uma ação global para a preservação do planeta.

Cálculos mostram que é preciso retirar mais de 1 trilhão de toneladas de poluição do ar em todo o mundo. Os governos dos países precisarão criar formas de remover dióxido de carbono do ar. Já há tecnologia para tanto. A Islândia possui a maior planta do mundo para a captação de armazenamento desse carbono retirado do ar.

Muitos trabalham para soluções possíveis como o armazenamento de CO2 no subsolo. Assim, reservatórios subterrâneos dariam conta de conter essas substâncias. No entanto, esses processos são extremamente custosos. Diversas pesquisas investigam a melhor forma de fazer essa limpeza do ar.

O uso do carbono como bioenergia é outra proposta. Assim, o carbono retirado do ar viraria biomassa, que seria usada para gerar bioenergia. Essa tecnologia requer um grande uso de espaço, o que seria difícil de colocar em prática em diversos lugares do mundo.

Porém não adianta somente retirar o dióxido de carbono e emitir mais ainda no ar. Os combustíveis fósseis continuam a destruir o clima. Como alternativa, a energia renovável surge como opção, oferecendo benefícios tanto para a saúde como para o meio ambiente.

A energia fotovoltaica é uma fonte de energia limpa e renovável. Ela usa a luz do sol em forma de raios para gerar energia elétrica. Os painéis fotovoltaicos funcionam ao capturar os fótons que atingem suas células fotovoltaicas. Os elétrons se desprendem dos átomos e migram para outra parte da célula de silício em que faltam elétrons. Assim, cria-se uma corrente elétrica.

Como ela usa a luz solar, é renovável e também limpa, já que não libera dióxido de carbono em sua produção. Não liberando qualquer substância no ar, ela produz uma energia limpa. Muitos estão investindo nesse tipo de energia em suas residências ou comércios.

O Brasil tem uma alta incidência de luz solar e pode aproveitar sua posição geográfica para produzir energia solar e diminuir sua dependência de energia hidroelétrica. As condições são favoráveis, principalmente no Nordeste, com altos níveis de irradiação solar.

A União Europeia já aprovou a proibição de novos carros movidos à combustão a partir de 2035, para visar um corte de 100% nas emissões de CO2. O acordo também inclui o corte das emissões de gases em mais de 50% por carros novos que serão vendidos a partir de 2030.

Com as montadoras trabalhando a todo vapor para a produção de veículos elétricos, o custo dos mesmos, que hoje em dia é alto, deve baixar. A população terá acesso a esse tipo de veículo com menos impacto ao meio ambiente. Com a Europa tomando a frente, outros países do mundo devem seguir o exemplo.

Esse é um bom exemplo de como as leis podem pressionar as empresas a se adaptarem. Com a pressão governamental, as montadoras estão correndo para desenvolver as melhores tecnologias para seus novos carros movidos à energia limpa. Esse é um ponto-chave na transformação dos métodos vigentes e contenção da poluição do ar.

As formas de energia suja, que geram substâncias tóxicas como petróleo e carvão mineral e vegetal, devem ser reduzidas, ao passo que mais espaço se abre para a energia solar, eólica e geotérmica. A tecnologia está aí para ser usada a favor da vida no planeta.

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