O presidente do Desenvolve SP, Sergio Gusmão Suchodolski, enfatizou nesta segunda-feira (4) na 4ª edição do Fórum Econômico Brasil & Países Árabes, a importância de as empresas atuarem ativamente para acelerar a agenda de sustentabilidade a fim de atingirem as metas previstas na Agenda 2030. O evento contou com a presença dos principais líderes empresariais, políticos do Brasil e dos 22 países árabes. Sob o tema Legado e Inovação, o Fórum promoveu atividades de networking, permitindo a interação entre diferentes públicos e a criação de oportunidades de negócios.
“É uma estrutura, um compromisso de cada integrante da Organização das Nações Unidas em chegar até esse objetivo, e os países árabes desempenham um papel relevante de liderança nesse alinhamento, com as metas de desenvolvimento sustentável”, afirmou o presidente, durante o painel “Governança Corporativa nas Operações Internacionais”, com a mediação do jornalista palestino Ahmed Shihab-Eldin.
A governança corporativa atua como um sistema de equilíbrio, proporcionando maior transparência e segurança aos stakeholders e demonstra a responsabilidade da empresa com o meio ambiente e a sociedade. As empresas que adotam ESG se destacam no cenário internacional de negócios. Eles despertam o interesse de investidores e atendem às demandas de consumidores internacionais que exigem cada vez mais uma postura sustentável e transparente em nome das empresas.
Suchodolski destacou ainda que o Desenvolve SP tem um papel extremamente importante para investimentos dos países árabes. “Temos diversos programas de crédito onde o capital privado pode ser investido, vindos inclusive do mundo árabe, que recebemos de braços abertos” disse.
O painel contou com as presenças do CEO Global da BRF, Lorival Luz; do vice-presidente da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras), Ali Hussein El Zoghbi; do presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin; e da diretora de relações internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori Andrade.
O evento contou com painéis que debateram a relação comercial entre o Brasil e os países árabes. Os investimentos totais entre Brasil e o bloco somam US＄ 15 bilhões. A maior parte deste valor, US＄ 14 bilhões, refere-se à injeção de capital árabe em companhias atuantes nos setores financeiro, portuário, petroquímico, hoteleiro e da construção civil brasileira. Por outro lado, o total de investimentos brasileiros nas economias árabes é de US＄ 1 bilhão em áreas diversas, incluindo, alimentícia, mineração, bancária, construção civil, aeronáutica e automotiva.
