Seleções da América do Sul levam história e força à Copa do Mundo

Maior e mais importante evento esportivo do planeta, a Copa do Mundo está se aproximando de sua abertura, no dia 20 de novembro, e as seleções que vão ao Catar em 2022 já estão definidas desde abril, com quatro representantes sul-americanos: Brasil, Argentina, Uruguai e Equador. Assim, é bom lembrar de algumas participações anteriores e como chegam esses países no tão aguardado torneio.

A América do Sul está bem representada nesta Copa do Mundo, e não só pela Seleção Brasileira – a única pentacampeã e uma das mais tradicionais –, mas também por outros países latinos que chegam fortes e têm histórias muito ricas, além de grande competitividade. O Brasil foi a última seleção do continente a levar a taça, em 2002.

Das 21 edições do torneio realizado pela FIFA até hoje, nove foram vencidas por seleções sul-americanas: cinco pelo Brasil, duas pelo Uruguai e outras duas pela Argentina. As outras foram vencidas por equipes europeias. O Equador, apesar de ser um dos representantes, não entra nesta lista.

Nas Eliminatórias, disputadas por pontos corridos, as quatro primeiras seleções se classificaram diretamente. O Peru, que ficou em quinto lugar, jogou a repescagem contra a Austrália e não se classificou. Hoje, são 32 vagas, distribuídas entre as confederações dos continentes. Em 2026, o formato terá 48 seleções.

Os representantes sul-americanos nesta Copa do Mundo estão bem preparados e têm ótimos times, com vários jogadores acima da média, podendo dar muito trabalho para os europeus. Por isso, é importante lembrar do repertório de cada uma delas. 

Brasil

Historicamente, a Seleção Brasileira é amplamente considerada a mais importante do mundo. Os fatos são incontestáveis: a maior campeã das Copas, disputando todas as edições desde 1930, e a única que tem um jogador com três títulos mundiais: Pelé.

As conquistas brasileiras foram em 1958, 1962, 1970,1994 e 2002. Além dos cinco títulos, o Brasil foi vice-campeão em duas ocasiões: em 1950, para o Uruguai, em pleno Maracanã, no episódio conhecido como “Maracanazo”, e em 1998, para a França. O revés mais humilhante foi o 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal de 2014, em casa, no Mineirão. 

Quase todas as equipes que vestem a amarelinha são recheadas de craques e jogadores de alto nível. Tecnicamente, o Brasil é considerado o “celeiro do futebol mundial”, pois é o país que mais exporta jogadores no mundo, segundo levantamento do Observatório do Futebol, do Centro Internacional de Estudos Esportivos.  

O time brasileiro para esta Copa do Mundo é consistente e forte, visto por técnicos, ex-jogadores e comentaristas esportivos como o melhor desde o Mundial de 2006. A longevidade do trabalho do treinador, Tite, a organização tática, com grande força defensiva, e a ótima qualidade técnica da maioria dos jogadores, somadas a presença do craque Neymar, tornam o Brasil um dos favoritos a levar a taça.

É por conta disso que, historicamente, camisas do Brasil são sempre uma febre em época de Copa do Mundo. 

Argentina

Maior rival do Brasil no futebol, a Argentina, carinhosamente apelidada pelos torcedores de Albiceleste, é uma das seleções mais tradicionais do mundo. Conhecidos pela mística dos estádios e pelos famosos cânticos de sua torcida, os argentinos têm uma história rica no esporte. Os clubes do país estão entre os mais vencedores do planeta.

A Seleção Argentina quase sempre aparece como favorita nos mundiais, ainda que não seja a maior campeã. Os títulos vieram em 1978, quando a Copa do Mundo foi sediada em solo argentino, vencendo a Holanda na final, e em 1986, contra a Alemanha, na conquista comandada pelo maior craque do país: Diego Armando Maradona.

Os argentinos contam ainda com três vices: em 1930, para o Uruguai, no primeiro Mundial da história, em 1990, na revanche alemã, e em 2014, de novo para a Alemanha, quando foram liderados pelo craque Lionel Messi até a final. No total, a Albiceleste esteve presente em 18 edições da Copa do Mundo, contando com a deste ano, sendo a terceira seleção que mais participou do torneio, junto da Itália, atrás apenas de Brasil e Alemanha.

Após ficar 28 anos sem títulos, a Seleção Argentina saiu do jejum ao vencer o Brasil na final da Copa América de 2021, tirando um peso enorme das costas. A expectativa para esta Copa do Mundo é muito positiva, não só pelo bom desempenho da equipe, mas também porque o título, considerando a importância da camisa do Brasil, deu moral aos argentinos.

Uruguai

A história do futebol tem em sua base a seleção do Uruguai, conhecida tradicionalmente como Celeste, que foi a anfitriã e campeã da primeira Copa do Mundo, em 1930. Bastante conhecida por sua garra, mesmo em jogos e competições difíceis, é uma seleção que impõe respeito e dificuldade aos adversários, mesmo os de primeira linha.

Antes do primeiro Mundial, a Seleção Uruguaia já tinha duas conquistas em Jogos Olímpicos (1924 e 1928), recentemente reconhecidas como campeonatos mundiais pela FIFA. O segundo título da Copa foi em 1950, na famosa vitória sobre o Brasil, no Maracanã. Além disso, junto da Argentina, é a maior vencedora da Copa América, com 15 títulos, tendo conquistado o último em 2011.

O pequeno país, que tem apenas 3,4 milhões de habitantes, também é um importante revelador de promessas para o mundo.

Para esta edição, a Celeste vem com um time fortalecido, principalmente na defesa, e conta com jogadores muito talentosos do meio-campo para frente, como Edinson Cavani, Luis Suárez, Arrascaeta e Valverde.

Equador

A seleção equatoriana, ou La Tricolor, como chamam os fãs, não tem tradição em mundiais, com apenas quatro participações, considerando a edição de 2022. Sua melhor campanha foi em 2006, quando ficou em segundo lugar na fase de grupos e caiu nas oitavas de final, contra a Inglaterra.

O time que disputará esta Copa do Mundo e fará o jogo de abertura com o Catar se inspira bastante no estilo de gestão do Independiente Del Valle, clube do país que foi recentemente campeão da Copa Sul-Americana, com a utilização de jogadores jovens e uma identidade de jogo marcante.

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