Unilever e Google Cloud juntos por agricultura sustentável

Companhias vão utilizar a computação em nuvem para lutar contra o desmatamento

O Google Cloud e a Unilever, uma das maiores fabricantes de bens de consumo do mundo, anunciam uma aliança para, por meio da análise avançada de dados, promover práticas de negócios mais sustentáveis na cadeia de suprimentos agrícolas. Na etapa inicial da parceria, as duas empresas vão colaborar para a criação da primeira aplicação comercial do Google Cloud com o Google Earth Engine, solução voltada ao fornecimento de commodities.

Ao combinar o poder da computação em nuvem com as imagens de satélite e a inteligência artificial (IA), as duas empresas terão uma visão mais ampla e completa das florestas, dos ciclos das águas e da biodiversidade que cruzam a cadeia de abastecimento. O uso da tecnologia eleva os padrões de abastecimento sustentável e agrega transparência e rastreabilidade às matérias-primas agrícolas, aproximando ainda mais a Unilever do compromisso de ter uma cadeia de abastecimento livre de desmatamento até 2023 e regenerar a natureza. No final de 2019, 62% das matérias-primas agrícolas usadas pela companhia foram obtidas de modo sustentável (em 2010, eram apenas 14%).

O Google Cloud e a Unilever vão trabalhar com uma ampla gama de parceiros de tecnologia, como a Descartes Labs, de dados geoespaciais, para construir um centro de comando unificado. O sistema dará um panorama mais completo dos ecossistemas conectados à cadeia de abastecimento da Unilever, criando um mecanismo aprimorado para detectar o desmatamento – reforçando a responsabilidade da empresa – ao mesmo tempo em que prioriza áreas críticas de floresta e habitats que precisam de proteção.

A Unilever, presente em 190 países com mais de 400 marcas e que tem produtos utilizados todos os dias ​​por cerca de 2,5 bilhões de pessoas no mundo, tem a sustentabilidade como o centro de sua estratégia de negócios. Para maximizar os resultados, inicialmente a Unilever concentrará esforços em um conjunto prioritário de ingredientes e commodities.

A plataforma geoespacial de escala planetária do Google Cloud, que inclui o Google Earth Engine, combina imagens de satélite precisas com capacidade de armazenar e processar grandes volumes de dados complexos. Nesse projeto, a Unilever usará essa plataforma para obter insights sobre qualquer impacto causado pelo abastecimento para o meio ambiente e as comunidades locais, permitindo que a Unilever e seus fornecedores atuem onde e quando for necessário.

Simplificar conjuntos complexos de dados e informações é fundamental para aumentar a transparência nas cadeias de abastecimento e permitir a colaboração entre agentes públicos e privados. Hoje, o Google Earth Engine é usado para análise de imagens em escala planetária por instituições acadêmicas e públicas, bem como por organizações da sociedade civil. Esta primeira aplicação comercial desenvolvida com a Unilever permitirá o surgimento de mais inovações que podem ser compartilhadas com todos os tipos de parceiros de abastecimento em uma única plataforma.

“Esta colaboração com o Google Cloud nos levará ao próximo nível do abastecimento sustentável”, conta Dave Ingram, diretor da Unilever. “Agora seremos capazes de processar e combinar conjuntos complexos de dados como nunca antes. A combinação dos insights de sustentabilidade com nossas informações de abastecimento comercial trará uma mudança significativa na transparência, crucial para uma melhor proteção e regeneração da natureza”.

“No Google, nós nos esforçamos para aprimorar a sustentabilidade em tudo o que fazemos. Como a Unilever está há muitos anos na liderança de seu setor, no quesito sustentabilidade ambiental, estamos entusiasmados por estar nessa jornada conjunta”, comenta Rob Enslin, presidente do Google Cloud. “Juntos, estamos demonstrando como a tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa para ajudar as empresas que se esforçam para proteger os recursos da Terra. Isso exige uma ação coletiva para uma mudança significativa, e estamos comprometidos em fazer a nossa parte”.

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Redação
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