O vice-presidente Geraldo Alckmin descartou a possibilidade de uma reforma ministerial após o pedido de desfiliação da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, do União Brasil. Em entrevista coletiva de imprensa durante o evento ABDIB Fórum 2023, em Brasília, Alckmin afirmou que a decisão cabe exclusivamente ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
O pedido de desfiliação de Daniela Carneiro se deu em meio a um desentendimento entre a cúpula do União Brasil e do Rio de Janeiro, especialmente em relação a decisões administrativas, incluindo a indicação de cargos na administração do governo fluminense de Cláudio Castro. A divergência resultou na troca do comando da sigla no Rio pelo presidente do partido, Luciano Bivar, que retirou o poder das mãos do prefeito de Belfort Roxo (RJ), Wagner Carneiro, conhecido como Waguinho e marido de Daniela.
Alckmin destacou que a relação entre o União Brasil e o governo federal segue sólida e que o partido continua comprometido com a agenda do presidente Lula. “Nós temos uma relação institucional muito boa com o União Brasil, uma relação que tem sido fundamental para o nosso governo e vamos continuar trabalhando juntos”, afirmou o vice-presidente.
Questionado sobre o impacto da saída de Daniela Carneiro no governo, Alckmin minimizou a questão e disse que o importante é continuar trabalhando para o desenvolvimento do turismo no país. “A ministra fez um excelente trabalho à frente do Ministério do Turismo e, certamente, a sua saída será sentida. Mas temos uma equipe competente e comprometida com a pasta e vamos continuar trabalhando para fomentar o turismo no Brasil”, disse o vice-presidente.
A saída de Daniela Carneiro do União Brasil também não deve afetar a base de apoio do governo no Congresso Nacional, segundo Alckmin. “Nós temos uma base forte e consolidada, com partidos comprometidos com as reformas e com o desenvolvimento do país. A saída de um parlamentar ou de um ministro não deve afetar essa base”, afirmou o vice-presidente.
Por fim, Alckmin reiterou que a decisão sobre uma eventual reforma ministerial cabe exclusivamente ao presidente Lula. “Não cabe a mim nem a ninguém da minha equipe discutir essa questão. A decisão sobre a composição do governo é uma atribuição do presidente da República e cabe a ele avaliar o que é melhor para o país”, concluiu o vice-presidente.