Vida sexual na maturidade pode ser plena, apesar da baixa hormonal

O climatério é o nome dado ao período de transição entre o ciclo reprodutivo e a menopausa, como é chamada a última menstruação, que ocorre por volta dos 50 anos, segundo a definição do Ministério da Saúde. Nesta fase, as mulheres podem apresentar sintomas que afetam a relação sexual. No entanto, as autoridades de saúde afirmam que é possível tratá-los para garantir o bem-estar, a autoestima e a qualidade de vida.

O Ministério da Saúde explica que, durante o climatério, há uma diminuição das funções ovarianas, o que leva à queda na produção de hormônios e à irregularidade do ciclo menstrual até que este seja finalizado. 

Por conta dessas mudanças no organismo, as mulheres podem apresentar sintomas como ondas de calor, transpiração, palpitações e tonturas. Também podem ocorrer alterações no sono e no humor, diminuição da lubrificação vaginal, perda de libido, entre outros.

O que é a SGM

Mais de 20% das mulheres que estão no período pré-menopausa e quase 60% das que vivem o pós-menopausa são diagnosticadas com a Síndrome Geniturinária da Menopausa (SGM), conforme estimativas divulgadas pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). 

A SGM é uma nova terminologia para referência à atrofia genital ou vulvogenital. Por conta da diminuição da produção do hormônio estrogênio, o tecido vaginal torna-se mais fino, seco e frágil, o que pode provocar dores e/ou desconforto durante a relação sexual e a realização de exames ginecológicos.

Por conta da SGM, a mulher pode desenvolver contrações involuntárias da musculatura vaginal, o que é chamado de vaginismo. Os espasmos dificultam – e, em alguns casos, impedem – a manipulação da vagina, o que faz com que as mulheres não tenham uma vida sexual ativa e deixem de realizar os exames ginecológicos de rotina.

Tratamento para uma vida saudável

É possível manter uma vida sexual plena e saudável antes e depois da menopausa. As autoridades de saúde esclarecem que é recomendado tratar os sintomas apresentados durante o climatério para a manutenção da autoestima, do bem-estar e da qualidade de vida das mulheres.

O tratamento para vaginismo é feito de forma interdisciplinar. É necessário o acompanhamento com ginecologista, para que a mulher siga realizando os exames com o cuidado necessário, e com o fisioterapeuta para a realização de técnicas de fortalecimento do assoalho pélvico. Em alguns casos, também pode ser indicada a terapia para o apoio psicológico.

A fisioterapia pélvica é recomendada para mulheres com vaginismo por ser um tratamento não invasivo, capaz de reduzir o desconforto e as dores na região, além de apresentar resultados em curto prazo. 

Os lubrificantes e hidratantes podem ser prescritos pelo profissional que acompanha a paciente para melhorar os aspectos do tecido vaginal. Dependendo do quadro da paciente, o ginecologista poderá indicar a realização de terapia hormonal.

Além da SGM, os outros sintomas observados durante o climatério também podem ser tratados. Para isso, o Ministério da Saúde orienta a prática regular de exercícios físicos, a hidratação, o uso de roupas leves, tomar sol e evitar o consumo de cigarro, bebidas alcóolicas e outras drogas.