Um estudo recente, conduzido por pesquisadores da Ludwig Maximilian University of Munich e publicado no European Journal of Political Research, revela que o apoio público à taxação de combustíveis fósseis é impactado negativamente quando outras crises estão em destaque.
A pesquisa, liderada por Laura Seelkopf, analisou as respostas de 21 mil pessoas em 17 países europeus. Inicialmente, o apoio à taxação foi de cerca de 28%. Quando informados sobre a crise climática, o apoio subiu para 40%. No entanto, ao serem lembrados de crises como a COVID-19 ou a guerra na Ucrânia, o apoio caiu para 30%.
Os pesquisadores destacam que a crise climática precisa ser constantemente enfatizada como urgente para mobilizar o apoio a medidas políticas. Eles sugerem a manutenção do tema em modo de crise, utilizando marcos como o “Net Zero by 2050” da Agência Internacional de Energia e o plano “Fit for 55” da União Europeia para aumentar a conscientização sobre a insuficiência das políticas atuais.
Seelkopf afirma que, apesar do reconhecimento da urgência da crise climática, eventos com horizontes temporais mais curtos tendem a distrair a atenção pública, reduzindo o suporte para políticas climáticas custosas. Portanto, é crucial manter a política climática como prioridade nas discussões públicas.