Credit: European Journal of Political Research (2024). DOI: 10.1111/1475-6765.12687

Um estudo recente, conduzido por pesquisadores da Ludwig Maximilian University of Munich e publicado no European Journal of Political Research, revela que o apoio público à taxação de combustíveis fósseis é impactado negativamente quando outras crises estão em destaque.

A pesquisa, liderada por Laura Seelkopf, analisou as respostas de 21 mil pessoas em 17 países europeus. Inicialmente, o apoio à taxação foi de cerca de 28%. Quando informados sobre a crise climática, o apoio subiu para 40%. No entanto, ao serem lembrados de crises como a COVID-19 ou a guerra na Ucrânia, o apoio caiu para 30%.

Os pesquisadores destacam que a crise climática precisa ser constantemente enfatizada como urgente para mobilizar o apoio a medidas políticas. Eles sugerem a manutenção do tema em modo de crise, utilizando marcos como o “Net Zero by 2050” da Agência Internacional de Energia e o plano “Fit for 55” da União Europeia para aumentar a conscientização sobre a insuficiência das políticas atuais.

Seelkopf afirma que, apesar do reconhecimento da urgência da crise climática, eventos com horizontes temporais mais curtos tendem a distrair a atenção pública, reduzindo o suporte para políticas climáticas custosas. Portanto, é crucial manter a política climática como prioridade nas discussões públicas.

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