O Banco do Japão continuará com sua política monetária ultrafrouxa para atingir a meta de inflação de 2%, de acordo com o novo vice-presidente do banco central, Shinichi Uchida, em discurso nesta quarta-feira. Ele afirmou que a medida é necessária para garantir o aumento dos salários de forma sustentável e constante. A declaração segue as afirmações do presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, de que é apropriado manter a política monetária ultrafrouxa por enquanto, já que a inflação ainda não atingiu sua meta de 2% de forma sustentável.
A promessa do Banco do Japão de manter sua política monetária pode diminuir as expectativas de uma reversão iminente da postura de dinheiro fácil, especialmente em um momento em que os mercados globais permanecem nervosos com o risco de contágio dos problemas do setor bancário dos EUA e da Europa. Uchida também afirmou que as instituições financeiras japonesas estão equipadas com capital suficiente e bases de captação de recursos, tornando “limitado” qualquer impacto dos problemas bancários ocidentais desde março.
Porém, espera-se que o ritmo dos aumentos de preços diminua no meio deste ano fiscal devido às medidas do governo para conter os preços de energia e à medida que os efeitos das empresas que repassam os custos diminuem, disse Uchida. O Banco do Japão continuará com o afrouxamento monetário para atingir a meta de estabilidade de preços de maneira sustentável e estável, enquanto apoia a economia junto com aumentos salariais.