Black Friday faz e-commerce brasileiro registrar maior tráfego de 2022 em novembro

Como era de se esperar, a Black Friday fez o número de visitas do e-commerce brasileiro crescer em novembro depois de três meses em queda. O que os players do setor não imaginavam é que o desempenho seria tão positivo: o pulo de quase um quarto (18,8%) no tráfego do mês passado representou o melhor resultado de 2022, impulsionado tanto pelos acessos via web (21%) quanto por aplicativos de smartphone (10,6%). 

Em números absolutos, foram 2,63 bilhões de visitas únicas no mês – superando em 13% o outrora melhor desempenho do ano (2,33 bilhões, em julho). Os dados fazem parte do último Relatório Setores do E-Commerce, feito pela Conversion. 

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(Crédito: Conversion)

O relatório permite, aliás, mapear os segmentos mais procurados pelos consumidores nas semanas que antecederam a Black Friday, além da própria data – que, há mais de dez anos, mobiliza consumidores do país inteiro em busca de descontos em produtos e serviços.

Neste ano, para além da alta já esperada na procura por eletrônicos e eletrodomésticos (39,3%), os segmentos que aproveitaram a demanda aquecida do evento foram os de Esportes (43,7% na comparação a outubro) e o de Joias e Relógios, que experimentou o crescimento mais expressivo do relatório: 65%.

Segmentos mais robustos do e-commerce também cresceram em tráfego em novembro, com destaque para os marketplaces, que tiveram 20% mais visitas do que no mês anterior. Com 1,15 bilhão de acessos, foi também o melhor desempenho do varejo eletrônico em 2022. 

Outro segmento em alta foi o de Moda e Acessórios, que ainda sente os efeitos da sazonalidade pandêmica, mas que subiu 25% em tráfego durante novembro e se recuperou de uma sequência decrescente que já durava seis meses.

Considerando que a intenção de compra dos brasileiros na data já estava em alta – a Conversion havia mapeado um aumento de 8% no desejo de comprar alguma coisa –, é possível dizer que essa foi uma das melhores edições da Black Friday dos últimos anos, marcados pela pandemia de covid-19 e pela crise econômica. 

“Os primeiros dados do faturamento do e-commerce já estão mostrando que essas perspectivas positivas estavam corretas: de fato, mais gente procurou e comprou algo nessa Black Friday”, avalia Diego Ivo, CEO da Conversion.

“Isso sugere que monitorar o tráfego das plataformas de e-commerce, assim como os itens e as marcas que estão sendo mais pesquisados em buscadores como o Google, é um indicativo potente do desempenho real de uma data como essa”, continua ele.

Marcas voltam a crescer


Na esteira da expansão da Black Friday, as plataformas e marcas que formam o e-commerce brasileiro também ganharam visitantes em novembro. Algumas mais do que outras, porém, dando mais peso às estratégias de cada uma.

Os resultados mais expressivos foram da Magalu, quarta colocada do ranking das mais acessadas do Brasil, que chegou a 141 milhões acessos únicos (alta de 38% na comparação a outubro), e da Americanas, que cresceu 34%, pulando de cerca de 91 milhões visitas para 123 milhões em novembro. “Ambas claramente tiveram mais sucesso no desenho de suas estratégias online para a Black Friday, já que conseguiram expandir o tráfego muito além do que os concorrentes diretos conseguiram”, observa Ivo. 

De fato, apesar da singapurense Shopee ter aumentado seu tráfego em 25%, ganhando mais de 35 milhões acessos no mês, as outras marcas que figuram no topo dessa lista tiveram curvas mais tímidas: o Mercado Livre, que segue na dianteira do ranking, teve alta de 5,1%. A Amazon Brasil subiu apenas 2%

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