Brasil bate recorde de mortes por dengue: especialista do CEJAM alerta para cuidados

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Conforme Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, o Brasil bateu recorde em mortes por dengue em 2022, com 987 óbitos, no ano anterior foram 246. A doença viral, transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, é proliferada em focos de água parada.

Diante desse dado significativo, Dra. Tassiana Galvão, infectologista do SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) do CEJAM, alerta para a importância de conscientizar a população sobre a prevenção ao Aedes aegypti.

A doença apresenta quatro tipos diferentes de vírus, tendo como principais sintomas febre alta, dor de cabeça e atrás dos olhos, perda de apetite, cansaço e manchas vermelhas pelo corpo. “Os casos mais graves podem causar, entre outros sintomas, dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas”, afirma a especialista.

“A dengue também pode ter sinais de choque, como a hipotensão grave, quando o paciente já chega muito mal ao atendimento médico”, ressalta Dra. Tassiana.

“Em casos de suspeita, é importante falar ao especialista, ou mesmo na triagem, se houve algum caso de dengue na região em que reside e explicar as condições do quintal, se há riscos de água parada e focos para a proliferação de larvas e mosquitos. As informações podem ajudar num melhor diagnóstico”, reitera.

Por ser de origem viral, o tratamento foca no controle dos sintomas até que o corpo se recupere. “Pessoas que usam anticoagulantes, por exemplo, estão mais predispostas a desenvolver a dengue hemorrágica, que é mais severa”, destaca a infectologista.

O teste rápido de dengue, realizado após o quinto dia de suspeita da doença com amostras de sangue, é disponibilizado em todas as UBS (Unidades Básicas de Saúde) gerenciadas pelo CEJAM, e possibilita um diagnóstico rápido e seguro em até 10 minutos.

A melhor forma de prevenção da dengue, no entanto, é evitar a proliferação do mosquito transmissor, eliminando água parada em vasos de plantas, pneus velhos, telhas, piscinas sem uso e lixos. Além disso, deve-se manter a caixa d’água limpa e bem tampada.
 

PAVS CEJAM não combate a dengue

Criado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo em 2008, o Programa Ambientes Verdes e Saudáveis​ (PAVS) foi incorporado ao CEJAM em 2015 com a finalidade de desenvolver projetos que favoreçam a educação ambiental, promoção de saúde e a prevenção de doenças, contribuindo fortemente nas articulações intersetoriais para a melhoria de aspectos da comunidade.

Conforme Everton Tumilheiro Rafael, supervisor ambiental do CEJAM, o trabalho é feito com o apoio de biólogos e gestores ambientais, que estabelecem parcerias com outros serviços, como concessionárias de limpeza, providenciando a higienização de áreas públicas. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) é acionada, quando necessário, para intervir em problemas de esgoto e abastecimento de água e outras secretarias, como a de subprefeituras, cuidam de pequenas obras em algumas áreas.

O PAVS CEJAM atua no combate e prevenção à dengue por meio da educação ambiental, especialmente em visitas domiciliares dos Agentes de Promoção Ambiental, responsáveis por mutirões casa a casa e atividades coletivas que acontecem em escolas e outros espaços comunitários.

Bruno de Oliveira Santos Saito, gestor ambiental do PAVS CEJAM, reitera que o programa também contribui no apoio aos bloqueios de transmissão junto às unidades de vigilância e conta com o auxílio da comunidade, que tem papel fundamental no combate e prevenção da dengue. “Além de ações pontuais e visitas domiciliares, o CEJAM também realiza mutirões e palestras sobre o tema”, finaliza.

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