O diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), William Burns, alertou na terça-feira que a Rússia está cada vez mais dependente da China e corre o risco de se tornar uma “colônia econômica” do país asiático. A declaração foi feita em um evento na Rice University, em Houston, e ocorre em meio ao aprofundamento do isolamento da Rússia em relação ao Ocidente após a invasão da Ucrânia.
Segundo Burns, a Rússia está cada vez mais dependente da exportação de recursos energéticos e matérias-primas para a China, o que pode torná-la economicamente subordinada ao país asiático com o tempo. Ele alertou que, à medida que essa dependência aumenta, a Rússia corre o risco de perder sua soberania econômica e se tornar uma “colônia” da China.
A declaração do diretor da CIA ressalta as tensões crescentes entre a Rússia e o Ocidente, que têm aumentado desde a invasão da Ucrânia em 2014. Desde então, a Rússia tem enfrentado sanções econômicas cada vez mais duras dos países ocidentais, o que tem aumentado sua dependência da China.
Burns alertou ainda que a Rússia tem adotado uma política externa cada vez mais agressiva e que a invasão da Ucrânia foi apenas o início. Ele disse que é importante que os Estados Unidos e seus aliados europeus trabalhem juntos para impedir que a Rússia siga um caminho ainda mais perigoso.
“A invasão da Ucrânia foi uma chamada de atenção para o que está por vir. Se não agirmos agora, estaremos permitindo que a Rússia siga um caminho cada vez mais perigoso”, alertou Burns.
O diretor da CIA ainda afirmou que a Rússia está investindo em tecnologias cada vez mais avançadas, como inteligência artificial e armas autônomas, o que representa uma ameaça crescente para os Estados Unidos e seus aliados. Ele disse que é importante que o país invista em suas próprias tecnologias para manter sua segurança nacional.
As declarações de Burns ocorrem em um momento de crescente tensão entre os Estados Unidos e a Rússia, especialmente após o presidente Joe Biden impor sanções à Rússia em retaliação aos ataques cibernéticos e à interferência nas eleições americanas.