Crise ambiental e tecnologia: Conheça 3 Tokens que unem criptomoedas e impacto ambiental positivo

Diferente do Bitcoin, criptomoeda que ganhou notoriedade como ativo “não sustentável” e adversário do meio ambiente, devido ao significativo consumo de energia associado à sua mineração, empresas estão criando criptomoedas com impacto ambiental positivo. Enquanto o Bitcoin possui uma considerável demanda energética durante o processo de mineração e uma expressiva emissão de carbono que desperta preocupações entre ambientalistas, empresas estão criando criptomoedas ecológicas, baseadas em mecanismos que reduzem a pegada de carbono da tecnologia blockchain. 

Confira algumas criptomoedas que nasceram a partir desse olhar mais atento às questões climáticas: 

KNN/Kanna Coin – Primeiro token de agricultura regenerativa do Brasil

Voltado para o segmento de agricultura regenerativa e cultivo sustentável, o token de utilidade permite aos seus detentores acompanharem e avaliarem os cultivos vinculados ao ecossistema da Kanna.A startup Kanna Coin chegou ao mercado trazendo um ativo que visa impulsionar o cultivo sustentável de cânhamo, planta que pertence a espécie da Cannabis sativa e é muito eficaz na remoção de gás carbônico (CO2) da atmosfera.

Quem possui tokens KNN estará apoiando um projeto de inovação e impacto positivo para o planeta que visa beneficiar áreas com um baixo desenvolvimento humano e com solos degradados através da certificação de produtores de cânhamo auditada e registrada na Blockchain. 

Chia/XCH – “Prêmio” aos agricultores de chia

A Chia Cripto foi criada como um “prêmio” aos agricultores de chia (semelhante ao mineradores de Bitcoin ou Ethereum). A plataforma utiliza uma execução melhorada e essencial do modelo de rendimento de troca não gasto (UTXO) do Bitcoin. Esses rearranjos incrementam a adaptabilidade e a programabilidade das moedas. A cultivação de Chia recompensa 2 XCH por bloco, nos três anos iniciais da criptomoeda.

A Chia (XCH) é uma blockchain descentralizada que foi criada pelo fundador da BitTorrent, Bram Cohen e utiliza a “prova de espaço” e “prova de tempo”, ao contrário da fórmula “prova de trabalho” do Bitcoin, que é usada para minerar novas moedas. A criptomoeda está reinventando a mineração e a tornando energeticamente eficiente na agricultura doméstica para todos. A prova de espaço e tempo do ativo Chia confirma ser um método verde, ecológico e menos intensivo em energia de produção de ativos digitais, que é uma das principais razões para sua popularidade repentina.

Nano – Falta de eficiência energética e latência

A Nano é uma criptomoeda que visa solucionar dois grandes problemas do Bitcoin: a falta de eficiência energética e a latência. Ao resolver esses problemas, essa moeda digital possibilitou uma escalabilidade ilimitada com custos reduzidos. Diferente de várias outras moedas digitais, a Nano funciona por meio de uma estrutura onde cada um dos usuários possui seu próprio blockchain. Isso significa que é preciso menos poder computacional para que as transações sejam realizadas e registradas, o que possibilita que as transações sejam concluídas instantaneamente e com menor uso de energia elétrica.

De fato, esse é um problema muito grande, já que a Universidade de Cambridge calcula que o gasto de energia elétrica para a mineração de Bitcoins seja superior a 121 terawatts/hora (TWh). Além do problema da eficiência energética, a Nano procura se diferenciar do Bitcoin em relação à latência, isto é, o tempo preciso para que as transações sejam realizadas.

Muitos dos aspectos citados acima também podem ser aplicados às criptomoedas mais poluentes que já existem, em busca de soluções para uma maior sustentabilidade. Este é o caso do Ethereum – o sistema por trás da maioria dos tokens não fungíveis (NFT) – que planeja reduzir seu consumo de energia em 99,5%, contando com um mecanismo de consenso da Proof-of-Stake (PdS).

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