Há mais de 70 anos, a comunidade do Jardim Maravilha enfrenta um desafio diário: a falta de saneamento básico em suas residências, uma carência que contraria os direitos humanos essenciais. Enquanto isso, a Prefeitura do Rio de Janeiro lança o programa Asfalto Liso em Copacabana, revitalizando vias famosas da zona sul.

O Jardim Maravilha, uma comunidade há décadas esquecida pelo poder público, continua a enfrentar a ausência de saneamento básico, uma condição que perpetua as dificuldades diárias dos moradores. Esta negligência contrasta fortemente com o lançamento recente do programa Asfalto Liso pela Prefeitura do Rio de Janeiro, que prioriza a revitalização de vias em áreas como Copacabana.

O programa, iniciado nesta segunda-feira (17/6), tem como objetivo melhorar a qualidade das estradas notáveis da cidade. As obras começam à noite, das 21h às 6h, para minimizar o impacto no tráfego diurno. As primeiras intervenções serão nas ruas Tonelero, Miguel Lemos, Pompeu Loureiro, Henrique Dodsworth, além da Praça Eugenio Jardim e Túnel Major Rubens Vaz.

A CET-Rio, responsável pela execução, adotou medidas para garantir a segurança e a eficiência do processo, incluindo a proibição temporária de estacionamento e a sinalização adequada das áreas afetadas. A iniciativa já beneficiou mais de 130 ruas, totalizando mais de 4 milhões de metros quadrados de asfalto revitalizado desde sua implementação, em fevereiro de 2022.

Enquanto isso, no Jardim Maravilha, a comunidade luta para que suas necessidades básicas sejam atendidas. A falta de saneamento básico não só afeta a qualidade de vida dos moradores, mas também representa uma violação de direitos humanos fundamentais. A situação levanta questionamentos sobre as prioridades do poder público, especialmente quando comparadas com iniciativas como o Asfalto Liso, que prioriza áreas já bem servidas de infraestrutura.

O contraste entre os dois cenários ressalta disparidades significativas dentro da cidade. Enquanto bairros como Copacabana recebem investimentos em infraestrutura que visam melhorar a qualidade de vida e a mobilidade urbana, comunidades como o Jardim Maravilha continuam à espera de medidas básicas que garantam condições mínimas de dignidade.

O programa Asfalto Liso, apesar de seu mérito em revitalizar importantes corredores viários, lança luz sobre a falta de equidade na distribuição de recursos e atenção por parte das autoridades municipais. Enquanto vias movimentadas são priorizadas, comunidades historicamente negligenciadas como o Jardim Maravilha permanecem à margem das políticas públicas eficazes.

Fonte: Adaptado de: Prefeitura do Rio de Janeiro

Sem avaliações ainda