A Eletrobras cancelou temporariamente seu primeiro processo seletivo pós-privatização para contratação de novos profissionais após rescindir o contrato com a empresa responsável pela seleção, a Taqe. A decisão veio após a aplicação de um questionário de conhecimentos gerais com uma pergunta sobre a condenação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que foi posteriormente anulada pela Justiça.
A Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) denunciou a tendência ideológica da empresa contratada para fazer o processo seletivo e a questão relacionada à condenação de Lula, que citava casos investigados pela operação Lava Jato. Em resposta, a Eletrobras cancelou o processo seletivo e divulgou um comunicado afirmando que a conduta da empresa responsável pelo teste era inadmissível e contrariava seus valores e princípios.
O processo seletivo, aberto uma semana antes, oferecia 351 vagas em todo o país para áreas operacionais, de manutenção e operação. Era o primeiro a ser realizado pela companhia após sua privatização, em meio a esforços para “oxigenação” de seu quadro de pessoal e busca por mais diversidade.
A Taqe afirmou que se tratava de um teste com perguntas formuladas em 2020 com base nas informações disponíveis à época, antes de a condenação ter sido anulada, e que por “erro humano” o teste não foi atualizado desde então. A empresa se desculpou pelo ocorrido e disse que o questionário foi excluído de sua base de dados.
A Eletrobras manifestou suas sinceras desculpas a todos os profissionais que chegaram a se inscrever no processo seletivo e afirmou que a seleção será reaberta no futuro.