Estratégias: como o uso de dados na Black Friday pode impulsionar os negócios 

*Por Ricardo Fioravanti 

A Black Friday, que acontece este ano no dia 25 de novembro, é uma das principais datas do varejo brasileiro que atrai diversos consumidores em busca de descontos em produtos e/ou serviços. Muitas pessoas costumam criar uma lista de compras na esperança de que os itens desejados caiam de preço, movimentando milhões de reais em todo o Brasil. 

De acordo com a pesquisa Experiência do Consumidor Brasileiro, realizada pelo Opinion Box, mais da metade da população ainda prefere comprar nas lojas físicas e, em um cenário pós-pandemia, o retorno das vendas presenciais deve ser a marca da Black Friday 2022.  O estudo aponta que, quem empreende com vendas e serviços, não pode deixar as oportunidades de lado. Apesar do boom do e-commerce, as lojas precisam de atenção especial e estratégias bem definidas para cada target.  

A mesma pesquisa revelou que 65% das pessoas afirmam que é muito importante ter uma boa experiência ao comprar na loja física. Neste sentido, fazer o cross entre os formatos de venda é fundamental para uma experiência completa ao cliente. 

Seja da forma que for, as empresas devem preparar suas campanhas de Black Friday de maneira estratégica para atingir todos os públicos. Nesse sentido, a inteligência de dados pode ser uma forte aliada. Com a segmentação assertiva da sua base de clientes, as chances de as campanhas serem bem-sucedidas aumentam por completo.  

A expectativa é que, com a alta das vendas em um momento de retomada econômica, cresça também a quantidade de dados pessoais coletados. A Black Friday sempre é uma boa oportunidade para aumentar e atualizar o cadastro de clientes, criando possibilidades para ações de marketing e relacionamento e, principalmente, para ampliar a gestão e a performance do negócio. 

O momento permite a ampliação dos cadastros, especialmente dos consumidores que retornam às lojas, viabilizando uma estratégia mais agressiva do phygital por meio da fusão entre o mundo digital e físico, no qual é possível o desenvolvimento de novas experiências de relacionamento e consumo. 

É uma ocasião para afinar estratégias, levando em conta que a informação é a matéria-prima do varejo. Os dados coletados permitem o controle mais eficiente em qualquer segmento de atuação. Entender o que está acontecendo em seu empreendimento possibilita melhorar a gestão do negócio e a performance de crescimento. 

Informações como prioridades, sensação e feedbacks dos clientes, produtos mais consumidos por épocas ou outro conceito, compras por região e demais dados favorecem a revisão do line up de produtos a qualquer momento e criam ações totalmente alinhadas com o público, evitando a ruptura de produtos e potencializando a performance do negócio. 

Esses levantamentos são essenciais em datas sazonais, principalmente nessa reta final que leva às compras natalinas, e devem ser aplicadas seja no on-line, seja no presencial.  

Hoje, a loja física ainda representa a maior fatia do faturamento para muitos players. Por isso, é importante investir nos KPIs das unidades físicas para uma estratégia omnichannel que integra o negócio como um todo. 

Ao observarmos o passado, conseguimos visualizar uma ideia do que pode funcionar no futuro. Esse é o caminho que a maioria das empresas segue para estruturar suas campanhas, e a inteligência de dados permite essa dinâmica de forma personalizada. Estamos às vésperas da sexta-feira mais quente do varejo. A data pode ser uma oportunidade não apenas para vender mais, mas também para alavancar as estratégias e o direcionamento de ações em curto e longo prazo. 

*Ricardo Fioravanti é CEO na FX Data Intelligence