Holding: o que é e quais são os tipos?

Uma holding atua como uma espécie de “empresa-mãe” que possui participações em diferentes companhias, coordenando e gerenciando suas atividades e estratégias. 

Por isso, também, não produz bens ou serviços diretamente, mas controla outras empresas que o fazem.

Ela é frequentemente utilizada para consolidar o controle, facilitar a gestão financeira, administrativa e estratégica.

Bem como para otimizar questões tributárias e de responsabilidade.

Mas o que realmente significa esse negócio, quais são os tipos de holdings e quais são as vantagens e desvantagens desse formato?

Descubra a seguir!

O que é uma holding?

Uma holding é uma estrutura empresarial que opera como uma empresa controladora, detendo a posse majoritária de outras empresas, denominadas subsidiárias. 

A função principal de uma holding é gerenciar essas subsidiárias, coordenando suas atividades, estratégias e, em muitos casos, exercendo controle decisório sobre elas.

Algumas das suas características são:

  • Propriedade e controle: uma holding geralmente detém a maioria das ações de outras empresas, permitindo-lhe exercer controle sobre as decisões estratégicas e administrativas dessas empresas subsidiárias.

  • Não produz bens ou serviços diretamente: ao contrário das empresas operacionais, as holdings não estão envolvidas na produção direta de bens ou serviços. Em vez disso, seu principal propósito é possuir e gerenciar participações em outras empresas.

  • Gestão e coordenação: a holding atua como uma entidade de gestão superior, supervisionando e coordenando as atividades das subsidiárias. Ela pode oferecer direção estratégica, orientação financeira e até mesmo recursos humanos compartilhados entre as empresas do grupo.

  • Diversificação e redução de riscos: uma das vantagens-chave de uma holding é a capacidade de diversificar os investimentos através de várias empresas em diferentes setores. Isso reduz os riscos associados a depender exclusivamente de um único negócio ou setor.

  • Benefícios fiscais e financeiros: holdings podem usufruir de benefícios fiscais e financeiros, como a otimização tributária e a obtenção de financiamento com base na força financeira do grupo, muitas vezes mais favorável do que se cada empresa operasse de forma independente.

  • Estrutura de governança flexível: a estrutura de uma holding permite uma governança corporativa flexível, permitindo a adaptação e a reorganização conforme necessário para atender às mudanças no mercado, fusões, aquisições ou desinvestimentos estratégicos.

Tipos de holdings

Existem formatos de holdings, como a pura, a mista e a patrimonial. Além disso, é fundamental entender a relação das holdings com as subsidiárias.

Vamos lá entender!

Holding pura

Uma holding pura é um tipo de holding que tem como principal função a administração e a gestão das participações em outras empresas.

Sem se envolver diretamente na produção de bens ou serviços. 

Seu foco está na coordenação estratégica, financeira e administrativa das subsidiárias que estão sob seu controle.

A principal função de uma holding pura é gerir os investimentos em outras empresas. Isso inclui tomar decisões financeiras estratégicas.

Como investimentos, fusões, aquisições ou alienações de ativos.

Ela também detém uma participação majoritária nas subsidiárias, concedendo-lhe poder de controle sobre as decisões estratégicas dessas empresas.

Ao agrupar recursos financeiros, pode buscar redução de custos e eficiência operacional entre suas subsidiárias, através de sinergias e economias de escala.

Holding mista

Uma holding mista, por outro lado, tem algumas operações próprias, além de deter participações em outras empresas.

 Diferentemente da holding pura, uma holding mista pode estar ativamente envolvida na produção de bens ou serviços em algum segmento de negócios.

Além de gerenciar suas subsidiárias.

Uma holding mista pode ter unidades de negócios próprias que estão envolvidas na produção ou prestação de serviços. 

Por exemplo, uma holding mista no ramo alimentício pode possuir não apenas participações em outras empresas, mas também ter sua própria linha de produtos.

Ela pode diversificar suas operações e investimentos em vários setores, combinando a gestão de participações com operações comerciais próprias.

Holding patrimonial

As holdings patrimoniais são um tipo específico de holding, muitas vezes conhecidas como “holdings de patrimônio familiar” ou “holdings de investimento”. 

Elas têm como principal objetivo administrar e gerir o patrimônio e os investimentos de uma família ou de um grupo de investidores.

As holdings patrimoniais diferem um pouco das holdings puras e mistas.

Pois seu foco principal está na gestão de ativos financeiros, imóveis, investimentos e participações em outras empresas.

Visando a preservação e o crescimento do patrimônio familiar ao longo do tempo.

Inclusive, planejamento de aposentadoria.

Subsidiárias e suas relações

As subsidiárias estão subordinadas à holding, que detém seu controle acionário. 

Apesar de operarem de forma independente, elas estão vinculadas às estratégias e diretrizes da holding.

A holding pode facilitar a partilha de recursos, conhecimentos, tecnologias e melhores práticas entre suas subsidiárias, buscando maximizar eficiência e sinergias operacionais.

Por outro lado, as subsidiárias podem se beneficiar do know-how e das estratégias desenvolvidas pela holding, criando um ambiente de aprendizado e inovação mútua.

A relação entre a holding e suas subsidiárias é fundamental para a coordenação, crescimento e sucesso do grupo empresarial.

Permitindo uma gestão estratégica unificada e uma maximização dos recursos e capacidades de todo o conglomerado empresarial.

Vantagens e desvantagens de uma holding 

As holdings oferecem uma gestão centralizada, permitindo tomar decisões estratégicas em nome de todas as subsidiárias.

O que pode agilizar processos e garantir uma visão global dos negócios.

Entre suas vantagens, portanto, estão:

  • reduzir a exposição a riscos específicos de um setor ou mercado, melhorando a estabilidade do grupo empresarial.

  • otimizar estratégias, incluindo vantagens fiscais como consolidar lucros e prejuízos, como cobranças extrajudiciais, entre as subsidiárias para reduzir a carga tributária total do grupo.

  •  acessar capital com maior facilidade e em condições mais favoráveis, devido à solidez financeira do grupo.

  • criar melhores práticas entre as empresas do grupo podem gerar economias de escala e sinergias, melhorando a eficiência operacional;

  • ter compromisso significativo com a responsabilidade social corporativa, investindo em programas sociais, educação, saúde e iniciativas ambientais. Esse engajamento pode impactar positivamente a cidadania ao contribuir para o bem-estar da sociedade.

Por outro lado, há alguns desafios, como o fato de ser uma tarefa complexa e dispendiosa, envolvendo custos legais, contábeis e administrativos significativos.

Também pode haver conflitos de interesse entre as subsidiárias e a holding, especialmente se as empresas operam em setores ou mercados concorrentes.

Coordenar as atividades de várias empresas com diferentes culturas corporativas e estratégias pode ser mais um desafio, requerendo uma gestão eficaz e adaptável.

Ainda, a Holdings deve lidar com regulações complexas e garantir o cumprimento de várias normas e regulamentações em diferentes setores.

O que pode aumentar a burocracia e os custos operacionais.

E a má gestão de qualquer subsidiária pode impactar negativamente a reputação de toda a holding, afetando as demais empresas do grupo.

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Estudante de marketing, redatora freelancer e fã de SEO. Amante da comunicação e de ajudar o público a ler boas matérias! E-mail: redatora.paula@gmail.com