Inovação e sustentabilidade: como funcionam os carros elétricos?

A crise climática já é uma realidade. Para mitigar esse problema, as principais indústrias têm procurado agir no foco do problema. Uma das soluções para a diminuir a grande emissão de gases de efeito estufa é a conversão da energia à combustão movida a fontes não renováveis como petróleo, carvão e gás natural, pelas energias limpas como a elétrica ou eólica. O mesmo processo tem se estendido para os veículos particulares.

Esses são tidos como os maiores responsáveis pela poluição nas cidades, chegando a representar mais de 70% da emissão de gases, mas aos poucos os carros elétricos são introduzidos como alternativa sustentável para a locomoção nos grandes centros. Apesar de alguns veículos já serem vistos em circulação, a mudança de toda frota ainda é uma realidade distante. 

Embora ainda haja a predominância maciça dos veículos a combustão, a ideia de um carro elétrico não é nova e já foi posta em prática no final do século XIX. Em 1881, um inventor francês chamado Gustave Trouvé apresentou o primeiro carro elétrico no Congresso Internacional de Eletricidade, em Paris. No começo do século XX, era comum ver táxis elétricos circulando por Nova Iorque. Posteriormente a invenção foi sendo aperfeiçoada cada vez mais, chegando a modelos que ultrapassaram a velocidade de 100 km/h e outros que possuíam altíssima autonomia.

O carro elétrico de hoje possui um funcionamento que depende de muito menos mecanismos do que um carro convencional. Em comum somente a bateria, mas ainda assim com uma proposta totalmente diferente. Enquanto no carro comum o alternador faz as vezes de carregador da bateria, no elétrico a própria energia da frenagem retorna como carga para a bateria. Ela também pode ser recarregada em pontos de energia especiais. Em termos de economia, a mesma distância percorrida pelo elétrico pode custar até três vezes menos.

A bateria, por sua vez, transfere a carga para o inversor que transforma a corrente contínua em corrente alternada, levada até o motor de indução. Feito isso, a energia elétrica alimenta os mecanismos que vão acionar a força motriz para girar as rodas e fazer o carro se movimentar. Uma central de controle é quem faz a distribuição de energia de acordo com as informações obtidas pelo pedal do acelerador.

O motor de um carro elétrico tem uma eficiência de até três vezes mais que um motor a combustão. Isso significa que ele aproveita muito melhor a energia que recebe, enquanto no motor a explosão desperdiça quase 60% da energia que gera. Em termos práticos, isso significa economia. Ele é por apenas dois elementos, o rotor e o estator, nos moldes como foram pensados um dia por Nikola Tesla. Nele, um campo magnético é formado por bobinas que induzem o rotor a girar e assim, promovendo a força motriz.

Uma curiosidade sobre os carros elétricos é que eles não precisam de uma caixa de transmissão com muitas marchas. Enquanto nos carros a combustão são necessárias várias marchas para colocar o carro em movimento, os carros elétricos só possuem duas: a ré e uma outra para fazer o carro andar para frente. Alguns modelos mais esportivos possuem ainda uma a mais, de relação mais longa, para ajudar nas arrancadas.
Assim como os trólebus, o carro elétrico não emite gases e são muito mais sustentáveis a longo prazo, embora sua fabricação ainda não seja das mais limpas, bem como a destinação de suas baterias, por exemplo. Porém, a dependência cada vez menor dos combustíveis fósseis fazem um grande bem para o meio ambiente. Portanto, é hora de aproveitar a grande autonomia e economia que o elétrico proporciona, colocar as malas no bagageiro de teto e cair na estrada.

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