Varíola do macaco: saiba o que é, sintomas, transmissão e tratamento

A varíola de macaco é uma zoonose viral (ou seja, que é transmitida de animal para humanos) que está em alerta devido aos casos confirmados em mais de 20 países. Mesmo não sendo uma doença nova, casos foram relatados na Inglaterra, Espanha, Portugal, Itália e Estados Unidos nas últimas semanas.

Embora na maioria dos casos não pareça ser grave, uma “cadeia de contágio” para alguma transmissão direta por contato de pessoa a pessoa está sendo investigada.

O contágio entre homens, segundo o conhecimento atual, é difícil. No entanto, estão sendo levantadas algumas hipóteses em órgãos de saúde, bem como em acompanhamento de pericia trabalhista para identificar os motivos dos novos casos.

Algumas hipóteses levantadas foram:

  • Mutação viral que promove mais transmissão;
  • Diminuição da proteção oferecida pela vacina suspendida há 40 anos;
  • Um novo nicho populacional propício à disseminação;
  • Falta de cuidados da população.

Resumidamente, essa doença, mesmo acometendo principalmente animais, pode afetar humanos devido a capacidade do vírus de infectar diferentes espécies. E foi o que aconteceu com os recentes casos relatados.

Nesse sentido, é uma doença que precisa de uma certa atenção, principalmente depois da COVID-19, estão surgindo muitas viroses, zoonoses e doenças virais.

De forma específica, esse vírus invade as mucosas da orofaringe ou do trato respiratório e se multiplica nos linfonodos regionais, causando viremia, ou seja, bolhas que coçam e ardem.

Para evitar contágio, utilizar máscaras, lavar sempre as mãos, usar álcool em gel, manter certa distância e utilizar equipamentos de proteção individual são medidas preventivas que não podem deixar de ser realizadas na sociedade, a fim de evitar a disseminação.

Onde surgiu a varíola de macacos?

A varíola de macacos é um vírus que foi identificado pela primeira vez em macacos no ano de 1958 e depois em 1970 em um homem da República Democrática do Congo. Desde então, a doença em humanos foi registrada principalmente na África Central e Ocidental.

No entanto, alguns casos esporádicos já foram rastreados anos atrás nos Estados Unidos, Israel, Singapura e Grã-Bretanha, sempre ligados a viagens ou transporte de animais de áreas de risco. Agora estão tendo novos casos nos mesmos e em outros países.

Até 2003 era uma doença que estava fora destes continentes, porém um relato nos Estados Unidos entre pessoas que tinham cães da pradaria como animais de estimação e estavam em contato próximo a um grupo de animais importados disseminou a doença.

Por isso não está claro se macacos são a espécie em que este vírus apareceu precisamente.

Tipos de cepas

Existem pelo menos 2 cepas de vírus da varíola: varíola maior, a cepa mais contagiosa e disseminate; e a varíola menor, a cepa menos virulenta.

A varíola é transmitida de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias ou por contato direto, que é mais raro, mas pode ocorrer. Empresas que trabalham como fornecedor de seringas também devem ficar atentas ao uso correto dos objetos.

Esta infecção é altamente contagiosa por 7 a 10 dias após a erupção aparecer. No entanto, a infecciosidade diminui quando as crostas se formam.

Como é transmitido?

O vírus pode ser transmitido de humano para humano, mesmo sendo mais difícil esse processo de contaminação. Ou seja, de fato as infecções ocorrem principalmente por contato acidental com animais infectados ou com pessoas que permaneceram em áreas de risco.

A infecção ocorre por contato direto com as lesões de animais, com fluidos corporais (principalmente com relação sexual) e com roupas contaminadas.

O vírus também pode ser transmitido por gotículas na fase aguda, mas com contato próximo e prolongado. Ou seja, a varíola é uma doença altamente contagiosa causada pelo vírus da varíola, pelo vírus orthopoxvírus e causa até 30% de morte.

Mesmo que a infecção natural tenha sido erradicada, a principal preocupação com esses novos casos em alguns países é em relação ao bioterrorismo. Desenvolvem-se sintomas constitucionais graves e uma erupção cutânea com pústulas características.

O tratamento geralmente é simples, com todas as medidas de outras doenças virais, ou seja, medicação com antivirais, repouso, isolamento, boa alimentação e muito líquido.

A prevenção envolve a vacinação que, devido aos seus riscos, é praticada de forma seletiva.

Sintomas da doença

Os sintomas da varíola do macaco podem ser parecidos com os sintomas de outras viroses. No entanto, tem algumas particularidades, como bolhas e feridas.

Em todo caso, é muito importante identificar a fim de realizar as medidas para tratamento e contenção de contágio, pois no caso da COVID-19 há a dificuldade de ter respirador pulmonar para todos, e no caso da varíola de macacos, menos informações e dúvidas quanto a sua propagação.

Por isso, é importante conhecer os detalhes e ficar atento aos sinais. Basicamente, os principais sintomas da varíola de macacos podem ser seu ser identificados por:

  • Bolhas e feridas na pele, que coçam e doem;
  • Febre;
  • Calafrios;
  • Dor de cabeça;
  • Dor muscular;
  • Fadiga excessiva;
  • Dor nas costas.

Esses sintomas geralmente aparecem cerca de 5 a 21 dias após o contato com o vírus e duram entre 14 a 21 dias.

Caso tenha identificado esses sintomas em conjunto e esteja com suspeita da doença, principalmente em locais em que há grande ocorrência, procure um posto de saúde para teste.

Quanto às bolhas, geralmente elas aparecem primeiro na face e mucosa oral, depois se espalham para o resto do corpo, principalmente as extremidades, como as palmas das mãos, mas também podem aparecer na área genital. Esse é um sinal claro para identificar a varíola de macacos.

Se o diagnóstico for confirmado, além do tratamento é importante realizar medidas práticas de consciência para não contaminar outras pessoas, principalmente da mesma casa.

Logo, separar copos e talheres, isolar em quartos, utilizar toalhas de mãos descartáveis que podem ser encontradas em farmácias ou distribuidora de produtos cirúrgicos e ter o cuidado de lavar bem as mãos são medidas básicas para evitar o contágio e maior disseminação.

Vacina e prevenção

Para prevenir a varíola do macaco é importante evitar o contato ou consumo de animais selvagens, porque eles se infectam, especialmente roedores.

E esse contato pode acontecer também em indústrias, por isso é de suma importância estar com a limpeza do local de trabalho em dia e conforme as normas da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) assim como é em uma empresa de alimentos saudáveis.

Se houver animais suspeitos de estarem contaminados por esse vírus em qualquer local, seja em casa, no bairro ou no trabalho, é importante recorrer à dedetização completa do ambiente para que ele não se propague mais.

Além disso, embora a transmissão pessoa a pessoa deste vírus seja rara, recomenda-se evitar o contato com pessoas que foram confirmadas como infectadas, evitar tocar em bolhas ou compartilhar roupas e objetos pessoais.

Logo, em caso de apresentar sinais e sintomas de varíola dos macacos, atente-se sempre aos cuidados básicos e avise imediatamente o seu superior na sua empresa fabricante controlador de acesso empresas para não colocar mais ninguém em perigo.

Também é essencial lavar bem as bolhas com água e sabão para desinfetá-las, bem como consumir apenas carnes de boa procedência e que sejam devidamente cozidas.

Em relação à vacina, como citado anteriormente, há 40 anos foi suspensa a utilizada contra varíola de macaco. No entanto, em 2019 foi autorizada pela FDA (Food and Drug Administration, a ANVISA dos EUA) a nova vacina contra varíola, a JYNNEOS.

A aprovação foi baseada em dados sobre imunogenicidade e eficácia obtidos de estudos com animais.

O Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP) está atualmente avaliando a JYNNEOS para a proteção daqueles em risco de exposição ocupacional ao orthopoxvírus, mas ela ainda não está disponível ao público.

Dados prévios da África sugerem que a vacina contra varíola é pelo menos 85% eficaz na prevenção da varíola símia, pois o vírus dessa doença está intimamente relacionado com o vírus que causa a varíola.

Como é feito o tratamento?

O tratamento específico para a varíola dos macacos geralmente não é necessário. Os sintomas da doença geralmente desaparecem após algumas semanas.

É preciso ficar em repouso, beber muito líquido e tomar as medicações que o médico receitar. Caso precise, solicite um atestado médico ocupacional para ficar em casa e não trabalhar nesses dias não somente pelo descanso, mas também para evitar o contágio com terceiros.

No entanto, em alguns casos o médico pode indicar o uso de medicamentos para aliviar os sintomas mais rapidamente. É importante que, se sinais de varíola dos macacos estiverem presentes, a pessoa vá ao hospital para prevenir a transmissão, embora isso seja raro.

Alguns medicamentos que foram aprovados para tratar a varíola comum, como Tecovirimat e Brincidofovir, podem servir também para varíola dos macacos.

No entanto, como esses medicamentos não foram testados em pessoas doentes, seu uso é indicado apenas quando há vários casos, servindo para prevenir e controlar a disseminação.

Vale ressaltar que você nunca deve se automedicar em qualquer circunstância. Busque sempre um profissional especializado para orientação.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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Formado em Jornalismo e Comunicação Social. Assessor digital pela equipe Guia de Investimento. Meu compromisso é entregar conteúdos de qualidade para diversos setores, entre os principais: Tecnologia, finanças e meio ambiente.