Hora de quitar dívidas ou de investir?

Dezembro é o mês do pagamento do 13º salário, veja as dicas dos especialistas sobre a melhor forma de usar esse dinheiro extra nas finanças

O pagamento do décimo terceiro salário movimenta a economia do país nesse fim de ano. Esse extra também movimenta as finanças pessoais e muitas vezes não sabemos qual a melhor forma de utilizar o dinheiro na nossa realidade – pagar contas, realizar algum desejo de Natal ou investir?

Para a especialista em finanças Bruna Alleman, da Nomos, é importante organização para usar esse recurso da melhor forma. Segundo ela é bom dividir no esquema de 50/30/20. Se tiver dívidas coloque 50% do 13º para quitar as dívidas, 30% para poupar e investir e 20% para custos extras de início de ano como mensalidade, IPVA, IPTU. Se não tiver dívidas, destine 50% para poupar e investir, 30% nos custos de início de ano e 20% para lazer e festas de fim de ano. 

“Se você tem dívidas, priorize elas, sempre. Mas não gaste todo seu 13º salário nelas. Aproveite a renda extra e negocie com os credores, além de destinar um parte para iniciar o seu planejamento financeiro de longo prazo”, indica Bruna. 

A economista destaca que existem diferentes fatores que direcionam a escolha de um produto de investimento, como perfil do investidor, objetivo e cenário atual da economia, entre outros. Focando nos três citados, Bruna destaca que para reserva de emergência atualmente as melhores opções considera – Tesouro Direto, onde é possível investir em títulos públicos a partir de R$30 e é considerado um dos mais seguros do mercado, o primeiro passo para quem quer sair da poupança. 

Outra opção é CDB de liquidez diária, preferencialmente de grandes bancos. Eles são títulos emitido pelos próprios bancos como uma maneira de arrecadar recursos para financiar suas atividades. Por ser garantido pelo Fundo Garantidos de Crédito, essa é uma aplicação considerado bastante segura. 

“Quem não tem Reserva de Emergência deve iniciar um passo atras e definir quais são seus objetivos financeiros. São eles que irão direcionar os investimentos. Independente das condições de mercado, eles pré-definem os produtos ideais para o prazo que você precisa.”

Quando falamos em objetivos podemos pensar em:

  • Objetivos de curto prazo (até 1 ano): aplicações sem risco e com liquidez, como as que servem para a reserva de emergência.
  • Objetivos de curto prazo (1 a 5 anos): aplicações de renda fixa com prazo maior, como CDBs, LCIs e títulos do Tesouro com mais de um ano.
  • Objetivos de longoprazo (acima de 5 anos): Esses acima, mais ações, fundos de ações, fundos multimercados, fundos imobiliários e investimentos no exterior.

A economista também ressalta que se a taxa de juros está subindo é bom olhar também para investimentos como o Tesouro Selic ou CDBs de liquidez diária, que rendem mais conforme a taxa de juros aumenta. Já se a taxa está caindo é hora de olhar para títulos pré-fixados, que podem garantir bons rendimentos por mais tempo. Segundo Bruna o Tesouro Direto é considerado um dos investimentos mais confiáveis por estar atrelado ao Tesouro Nacional. E hoje oferece desde produtos com liquidez diaria, até opções de longo prazo para auxiliar estudos de filhos ou renda futura para complementar a aposentadoria. 

“O mais importante para investir é começar, mas saber seu perfil e ter objetivos bem definidos ajudam a chegar onde se quer mais rápido”, destaca. 

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Redação
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