Animais ameaçados de extinção no Brasil: conheça algumas espécies

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O número de animais ameaçados de extinção em todo o mundo tem crescido devido a diversos fatores, como o desmatamento, a poluição, o aquecimento global, a caça e a pesca predatórias. Isso tem levado biólogos, veterinários e outras instituições ambientais a se mobilizarem para proteger a vida selvagem. No Brasil, o Instituto Chico Mendes (ICMBio) monitora e mapeia a fauna, alertando sobre as espécies ameaçadas de extinção.

Os relatórios produzidos pelo ICMBio classificam as espécies de animais em diferentes graus de risco de extinção, como extintas, criticamente em perigo, em perigo, vulneráveis, quase ameaçadas e menos preocupantes. De acordo com o ICMBio, o Brasil tem 1.173 espécies animais ameaçadas.

Entre as espécies ameaçadas, destacam-se a ararinha-azul, o soldadinho-do-araripe, o pica-pau-amarelo, a jacutinga, a ariranha, o boto-cor-de-rosa, a lagartixa-de-areia, o caxiú-preto e a onça-pintada.

Ararinha-azul: a Cyanopsitta spixii é uma ave da família Psittacidae, que vive na caatinga baiana. Até 2020, o ICMBio classificava a espécie como extinta na natureza. No entanto, graças à Associação para a Conservação de Papagaios Ameaçados (ACTP), que enviou um grupo de 52 ararinhas azuis ao Brasil, a espécie está sendo reintroduzida na natureza.

Soldadinho-do-Araripe: o Antilophia bokermanni é um pássaro endêmico do sertão do Cariri cearense, que está classificado na categoria “criticamente em perigo de extinção”. O soldadinho do Araripe mede cerca de 15 cm e tem como habitat as áreas úmidas do Cariri, onde a água é um objeto de disputa constante.

Pica-pau-amarelo: a Celeus flavus subflavus é uma das subespécies do pica-pau-amarelo, ave da família Picidae. A subespécie está criticamente ameaçada de extinção, e existem apenas cerca de 250 indivíduos vivendo nas matas ralas da Bahia e do Espírito Santo.

Jacutinga: a Aburria jacutinga é uma ave da ordem dos Galináceos, que pesa em média 1,5 kg. A espécie está extinta em muitos locais de sua área de ocorrência original, como nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo e no sul da Bahia. Há esforços para a reintrodução dessas aves na natureza, o que exige recursos, décadas de pesquisa, profissionais variados, monitoramento e muita dedicação.

Ariranha: o Pteronura brasiliensis é o maior mamífero carnívoro semi-aquático das Américas, pertencente à família Mustelidae, a mesma das lontras e doninhas. Infelizmente, a espécie sofreu uma drástica redução populacional devido à caça indiscriminada, até a década de 1960, quando surgiram as primeiras leis de regulamentação do comércio de peles silvestres no país. Catálogos antigos oriundos da cidade de Manaus revelam que o couro aveludado da ariranha era o mais valorizado para a venda, superando inclusive o preço da pele de onça.

Esforços para proteger os animais ameaçados

Os esforços para proteger os animais ameaçados de extinção são realizados por várias instituições, organizações e indivíduos em todo o mundo. No Brasil, existem diversas iniciativas para proteger e preservar a fauna ameaçada.

Uma dessas iniciativas é o Projeto Tatu-Canastra, que tem como objetivo estudar e preservar a espécie de tatu-canastra, que está classificada como “vulnerável” pelo ICMBio. O projeto é realizado pelo Instituto Pró-Carnívoros, em parceria com outras instituições, e envolve pesquisas de campo, monitoramento e sensibilização da população local sobre a importância da conservação da espécie.

Outra iniciativa é o Projeto Baleia Jubarte, que tem como objetivo proteger e estudar as baleias jubarte que visitam as águas brasileiras todos os anos para se reproduzir e alimentar. O projeto é realizado pelo Instituto Baleia Jubarte, em parceria com outras instituições, e envolve pesquisa, monitoramento, sensibilização e educação ambiental.

Além disso, existem diversas áreas protegidas no Brasil, como parques nacionais, reservas biológicas e outras unidades de conservação, que têm como objetivo proteger a fauna e a flora ameaçadas. Essas áreas são gerenciadas pelo ICMBio e outras instituições.

A preservação da fauna ameaçada de extinção é uma questão importante e urgente em todo o mundo. Ações humanas como o desmatamento, a poluição, a caça e pesca predatórias, entre outras, têm colocado em risco diversas espécies animais.

No Brasil, existem diversas espécies animais ameaçadas de extinção, como a ararinha-azul, o soldadinho-do-Araripe, o pica-pau-amarelo, a jacutinga, a ariranha, o boto-cor-de-rosa, a lagartixa-de-areia, o caxiú-preto e a onça-pintada. Essas espécies estão em diferentes níveis de risco, mas todas precisam de ações urgentes para sua proteção e preservação.

É importante que os esforços para proteger a fauna ameaçada de extinção sejam intensificados em todo o mundo, por meio de ações como a criação de áreas protegidas, a sensibilização da população local, a educação ambiental e a pesquisa científica. Somente assim será possível garantir a sobrevivência dessas espécies e preservar a biodiversidade do planeta.

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Redação
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