Os Estados Unidos estão se preparando para lançar um novo satélite que promete revolucionar as previsões de eventos solares, como explosões solares e ejeções de massa coronal, que podem afetar redes elétricas e comunicações.

Programado para terça-feira, o lançamento do Satélite Ambiental Operacional Geoestacionário U será realizado pelo foguete SpaceX Falcon Heavy a partir do Centro Espacial Kennedy da NASA, na Flórida. Esta missão é fruto da colaboração entre a NASA e a NOAA (Agência Nacional Oceânica e Atmosférica).

GOES-U será o quarto e último satélite da série GOES-R, que monitora fenômenos meteorológicos desde 2016, incluindo furacões, tornados e a temperatura da superfície do mar. Posicionados a 35.785 quilômetros acima do equador, esses satélites são essenciais para manter a segurança não apenas dos Estados Unidos, mas também de milhões de pessoas nas Américas.

O diferencial do GOES-U será o coronógrafo Compact Coronagraph-1 (CCOR-1), que permitirá observar a coroa solar, facilitando a detecção precoce de ejeções de massa coronal. Esses eventos podem lançar bilhões de toneladas de matéria em direção à Terra, perturbando o campo magnético e afetando satélites, infraestrutura energética e sistemas de navegação.

“A capacidade de observar continuamente a coroa solar com o CCOR-1 marca um avanço significativo nas previsões do clima espacial”, afirmou Elsayed Talaat da NOAA. Com dados em tempo real, autoridades poderão emitir alertas com antecedência de um a quatro dias, preparando-se melhor para mitigar os impactos desses eventos.

A nova tecnologia vem em momento oportuno, após o registro da primeira tempestade geomagnética de nível 5 em duas décadas em maio, que desencadeou auroras espetaculares e problemas pontuais em sistemas de GPS.

“Agora, mais do que nunca, nossa sociedade é sensível às mudanças solares, e o CCOR-1 nos permitirá entender melhor e responder adequadamente a essas mudanças”, destacou Talaat.

Com o satélite atual, lançado em 1995, se aproximando do final de sua vida útil, a expectativa é que o CCOR-1 assuma um papel crucial nas operações de clima espacial nos próximos anos.

Fonte: Adaptado de NASA e NOAA